quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Museu Nacional no Dia Mundial do Museu

Fotos do Museu Nacional feitas pelo fotógrafo Pedro Ventura
No Dia Mundial do Museu, a pergunta que se pode (e se deve fazer) aqui em Brasília é se o Museu Nacional, inaugurado em dezembro de 2006, tem motivos para comemorar. Embora inaugurado há quase cinco anos, o MUN, como é conhecido, só começou a exercer, de fato, suas atividades museológicas a partir de abril de 2007, quando foi criada a Comissão Especial do Conjunto Cultural da República.
A partir de então, foi possível promover exposições museológicas, constituir acervo próprio e iniciar, com esse acervo, trabalhos de pesquisa, documentação, conservação e comunicação. O número de visitantes por ano saltou de menos de 150 mil, em 2007, para mais de 460 mil, em 2010.
O setor cultural, proposto por Lúcio Costa no relatório do Plano Piloto de Brasília, em 1957, começou a sair do papel, em 2002, quando começaram as construções do Museu Nacional e da Biblioteca da República, no lado sul da Esplanada dos Ministérios, entre a bela Catedral de Brasília e a esdrúxula e ultrapassada Rodoviária do Plano Piloto.
A assessoria de comunicação do MUN garante que, “como fomentador da economia da cultura, que se propõe ser, o Museu Nacional tem realizado inúmeras exposições temporárias, seminários, workshops, mostras de filmes, festivais de teatro e várias outras atividades de caráter cultural e social, tanto nacionais como internacionais”.
Em pronunciamento recente, a presidenta Dilma Rousseff defendeu a necessidade de se transferir obras que estão guardadas em órgãos públicos, não expostas, para o Museu Nacional, onde poderão ser preservadas adequadamente e apreciadas pelo público. Uma proposta interessante, mas que precisa ser colocada em prática de fato e urgentemente. Projeto, nesse sentido, inclusive, foi apresentado pelo então deputado Tadeu Filippelli, hoje vice-governador do Distrito Federal, em março de 2004, na Câmara dos Deputados.
Hoje, dia 18 de maio, o Dia Mundial do Museu passou em branco. O governo federal perdeu uma boa oportunidade para anunciar medidas práticas que pudessem atender ao apelo da presidenta Dilma. O MUN evoluiu nesses últimos cinco anos, mas pode, e precisa evoluir muito mais.
Brasília, tão carente nessa área cultural, agradece. O belo e imponente projeto do arquiteto Oscar Niemeyer passará a ser, além de um cartão-postal, mais uma referência para a cultura brasileira.

Um comentário:

  1. Nossas histórias devem ser bem guardadas, bem cuidadas. A história, a arte, nos torna melhores. Raízes, história da arte, nos liberta de tantas dúvidas . Já dizia o grande pintor :" Sem as artes morreríamos". Belo artigo, data que não poderia passar em branco . Lindas fotos, parabéns ao fotógrafo quetambém faz parte desse acervo.

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