quarta-feira, 26 de junho de 2024

14ª Festa Literária de Pirenópolis começa nesta quinta-feira

Foto: Anna Póvoas

Começa nesta quinta-feira (27/6) e vai até sábado (29/6) a 14ª edição da Festa Literária de Pirenópolis – Flipiri, que este ano traz um tema muito interessante para os apaixonados por leitura: “Livro, meu primeiro amor”. No quesito homenagem a uma personalidade ou instituição, na 14ª Flipiri, as honras serão dirigidas à professora doutora Goiandira Ortiz.

Durante três dias, a comunidade e os visitantes – escritores, leitores, ilustradores, artistas e aficionados – poderão desfrutar, gratuitamente, de uma programação cultural composta de lançamentos de livros, saraus, oficinas, palestras, rodas de conversa, encontro de ilustradores, espetáculo teatral, contação de histórias e causos e caminhada poética pela cidade.

A mais tradicional e charmosa festa literária do Centro-Oeste, nesta edição, valoriza o poder transformador da palavra, bem como a expansão de horizontes políticos, econômicos, sociais e culturais por meio dos livros. Já o Projeto Flipiri Itinerante, voltado para a comunidade educacional do município, acontecerá no mês de agosto.

Foto: Anna Póvoas

A escritora Iris Borges, idealizadora da Flipiri e vice-presidente do Instituto Cultural Casa de Autores (ICA), sediado em Brasília, comemora a possibilidade de entregar “uma bonita festa, colocando luz sobre um tema que nos é tão caro – o livro e a leitura – permanece genuíno e com o mesmo frescor dos primeiros tempos”.

Sobre o tema, Maurício Melo Júnior, curador literário da Flipiri e presidente do ICA destaca a possibilidade de “celebrarmos o livro em si, ressaltando a paixão verdadeira que nós e tantas pessoas temos por esse objeto meio mítico e tão afetivo, capaz de carregar conhecimento, mundos desconhecidos e histórias fascinantes em suas páginas. Histórias essas que ganham cores e nuances diversas quando encontram a imaginação do leitor”. Converge daí a escolha da homenageada, Goiandira Ortiz, que dedica sua vida às letras e ao incentivo à leitura. “Compartilhamos do mesmo amor e a Flipiri é o melhor cenário para contemplarmos este sentimento”, afirma.

A goiana Goiandira Ortiz estará presente no evento não para ser homenageada, simplesmente. Como é de seu feitio, compartilhará os conhecimentos adquiridos ao longo de sua carreira participando ativamente da programação. Além de ministrar a palestra “O livro da minha vida”, estará na mesa “Literatura Goiana”.

Foto: Anna Póvoas

Mestre em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG), doutora em Letras Vernáculas (Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pós-doutora em Poesia Contemporânea pela Universidade de Lisboa, ela é professora aposentada da UFG. Com vasta experiência em teoria da lírica, crítica literária, poéticas da modernidade, lírica contemporânea brasileira e portuguesa, leitura, formação de leitor, ensino e vocalização de poesia, foi responsável pela criação do Comitê do Programa Nacional de Leitura (Proler).

Nesta edição, a curadoria aposta na pluralidade e numa atmosfera contemporânea para a festa do livro, da leitura e da literatura. Com o objetivo de promover a literatura independente e valorizar as expressões culturais, a Flipiri reserva boa parte da programação a lançamentos de livros. Serão dezenas de títulos, sem falar nos que estarão à venda na livraria do evento. 

Cenário – Assim como o conteúdo de sua programação, o cenário é um dos charmes da Flipiri. As atividades se concentrarão no Centro Histórico, em espaços como a Escola Estadual Comendador Joaquim Alves, o Centro de Arte e Música Ita e Alaor, a Tenda, os estabelecimentos Um Café e Bistrô e Quintal da Zazá e o Teatro Sebastião Pompêo de Pina. Este último, uma das joias arquitetônicas do Estado de Goiás, tombado pelo Iphan, passou por uma grande revitalização e foi reinaugurado em 2023. A restauração manteve intacto o estilo e acrescentou modernidade ao prédio, no que se refere à acessibilidade e aparato tecnológico. É nele que acontece boa parte da programação.

Foto: Anna Póvoas

Somam-se à programação do evento, as atrações da cidade reconhecida pelo turismo ecológico, valor histórico, conjunto arquitetônico e inúmeras opções gastronômicas. As temperaturas amenas do inverno tornam a experiência ainda mais convidativa, com a possibilidade de se circular, a pé, pelos espaços da Flipiri, comércio, museus, cafés, restaurantes e lojas.

A Flipiri é realizada pelo Instituto Cultural Casa de Autores e pela Secretaria de Educação de Pirenópolis. Conta com apoio institucional da Secretaria de Estado da Educação do Governo do Estado de Goiás, apoio da Universidade Federal de Goiás, Colégio Tecnológico do Estado de Goiás, Goiás Social, Secretaria de Estado da Retomada e Saneago; parceria do resort Villa do Comendador, Um Café Bistrô e Quintal da Zazá e transmissão da CSL – Tecnologia, Design e Web.

Serviço:

Festa Literária de Pirenópolis – Flipiri
Programação cultural: de 27 a 29 de junho de 2024
Itinerância: de 27 a 28 de agosto
Centro Histórico de Pirenópolis/Goiás
Entrada Franca
Site/programação: flipiri.com
Instagam: @flipiri­_ 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Quadrilha junina é manifestação da cultura nacional

A partir desta segunda-feira (24/6), dia de São João, a tradicional e popular quadrilha junina passa a ser manifestação da cultura nacional, a exemplo de outros marcos culturais como as escolas de samba, o forró, o frevo e as próprias festas juninas. A Lei Nº 14.900, que oficializa a decisão, foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra Margareth Menezes (Cultura) e publicada no Diário Oficial da União.

As quadrilhas juninas têm origem nas danças de salão europeias, que chegaram ao Brasil pela corte portuguesa no início do século 19. A “quadrille” surgiu em Paris, no século 18, como dança de salão composta por quatro casais. Era dançada pela elite europeia e veio para o Brasil durante o período da Regência, por volta de 1830, onde tornou-se febre no ambiente aristocrático.

Não demorou muito para a quadrilha cair no gosto popular e incorporar elementos culturais, religiosos e folclóricos nacionais. Nesse processo de adaptação, ampliou o número de pares dançantes, abandonou os passos e ritmos franceses, e, ao longo do tempo, as músicas e o casamento caipira, que antecede a dança, foram sendo incorporadas.

As quadrilhas cresceram e passaram a adquirir importância social, econômica e turística para várias cidades brasileiras, principalmente as nordestinas. Este ano, em 13 de junho, em Campina Grande, na Paraíba, cidade famosa por promover um dos maiores São João do Brasil, foi estabelecido, mais uma vez, o recorde da maior quadrilha junina do país. A dança reuniu 1.280 pares e sacramentou o 10º título consecutivo de maior quadrilha junina brasileira.

Nos últimos anos, a festa junina vem sendo alvo predileto de críticas por parte de grupos religiosos. Equivocadamente, dão destaque exagerado ao fato de as festas terem vínculos com nome de santos, como São João, São Pedro e Santo Antônio. Chegam a proibir a participação dos irmãos nessas festas, que na verdade são, atualmente, manifestações sobremaneira cultural, popular e com forte apelo turístico, ou seja, capazes de gerar emprego e renda.

Recentemente, em um vídeo divulgado nas redes sociais, assisti uma professora de educação física dizer que não permitia a participação de seus filhos e seus alunos numa festa para glorificar santo. Mais pateticamente ainda, disse que “as comidas até são boas – canjica, pamonha, milho etc. – mas, elas já vêm 'consagradas'”.

Respeitamos as crenças religiosas sejam elas quais forem. Vivemos num mundo plural, bastante diversificado, felizmente. Mas, não custa lembrar que, há muito, as festas juninas se distanciaram de comemorações meramente religiosas. Foram enriquecidas por novos elementos, como, na música, o forró nordestino, e na dança, a própria incorporação da quadrilha, agora manifestação da cultura nacional.

Lembremos também da diversidade e fartura da comida nas festas juninas. Temos canjica, paçoca, cural, pamonha, amendoim torrado, galinhada, carrinho de pipoca, tudo valorizado por doces deliciosos e dos mais variados tipos. Se estão “consagradas”, mui provavelmente é pela força da cultura popular que incorporou de vez, ampliou e adotou para sempre essa manifestação tão rica e bela.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Arte Urbana nas Escolas chega à 5ª edição no DF

Já está nas ruas das cidades do Distrito Federal o projeto Arte Urbana nas Escolas, em sua 5ª edição, depois que surgiu em 2019. Com apresentações neste mês de junho e ao longo do segundo semestre, o ciclo atual conta com atividades em escolas do Sol Nascente/Pôr do Sol, Ceilândia Norte, Ceilândia Sul e Samambaia. Constituído por shows de rap e crew de breaking e workshops de graffiti, danças urbanas e rap, o projeto destaca rodas de conversa em que são abordadas temáticas que se inserem no contexto da juventude, como bulling, prevenção às drogas, combate à discriminação, cultura de paz e fortalecimento de vínculos.

Além da vivência prática, o objetivo de Arte Urbana nas Escolas é inspirar, capacitar e estimular o protagonismo do jovem, e despertar interesse pelo empreendedorismo através da cultura criativa e solidária. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.

Tem em sua equipe produtores culturais e artistas reconhecidos nas suas áreas de atuação e são referências na cultura hip hop. Os workshops serão ministrados por Ravel e Markx (Rap); Will Locking (Dança Urbana) e Elom e Rivas (Graffiti).  “O projeto tem sido um marco nas escolas públicas do DF, a ponto de sermos procurados por inúmeras escolas que desejam nos receber. Sempre temos essas solicitações em nossos canais de comunicação. Pudéramos nós atender a todos, mas de edição em edição vamos alcançando cada vez mais crianças e jovens”, afirma Jane Alves, produtora cultural e proponente do projeto.

O Arte Urbanas nas Escolas acontecerá no CEF 427 (Samambaia), CEF 16 (Ceilândia Norte), CEF 07 (Ceilândia Sul) e CEF 32 (Sol Nascente). Atendendo aos dois turnos das instituições que somam cerca de seis mil alunos, o projeto é voltado para alunos dos ensinos fundamental e médio, com idade entre 09 e 16 anos, aproximadamente.

A dinâmica tem início com um show de rap e apresentações de uma crew de breaking, abrindo espaço para o conteúdo ministrado pelos arte-educadores. O projeto deixa marcas no coração e mentes da comunidade escolar e, literalmente, no muro da instituição, que recebe a produção em grafitti feita conjuntamente pelos alunos e artistas.

As escolas que recebem o projeto estão isentas de qualquer custo. Foram priorizadas instituições que oferecem atendimento a pessoas com deficiência, ampliando o conceito de inclusão através de equipamentos de áudio descrição, áudio descritores e tradutores de libras presenciais.

Agenda:

17/06 - CEF 427 - Samambaia
20/06 - CEF 16 - Ceilândia/Ceilândia Norte
12/08- CEF 07 – Ceilândia Sul
19/11 - CEF 32 – Pôr do Sol
 
Mais informações:
Jane Alves (61) 98530 0881
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quarta-feira, 12 de junho de 2024

Nenhum de Nós é atração desta quarta-feira na 31ª Expotchê

Um clássico da Expotchê, a banda gaúcha Nenhum de Nós (foto acima)sobe ao palco nesta quarta 12, às 21 horas, para a atração que é uma das mais aguardadas desta 31ª edição. Formado por Thedy Corrêa (vocal), Carlos Stein e Veco Marques (guitarras e violões) e Sady Homrich (bateria), o grupo brindará o público com um passeio pelos seus 37 anos de carreira. Claro que está confirmadíssimo o hit “Camila, Camila” (vídeo abaixo), que é quase um hino da Expotchê e sempre é cantado em uníssono pela plateia. A banda já se apresentou no evento 22 vezes.

O Nenhum de Nós – sucesso reconhecido em todo o Brasil – já superou mais de 2.350 shows e possui 17 álbuns, 03 DVDs e 02 EPs lançados. Com reconhecimento de crítica, muito prêmios e uma legião de fãs, em abril de 2024 a banda recebeu o primeiro Disco de Diamante (mais de 150 milhões de execuções no streaming) pelo álbum “A Céu Aberto”.

Além do Nenhum de Nós, o público poderá conferir várias atrações como Chimarruts, Gurias Gaúchas e Le Farfalle, do Rio Grande do Sul e Bruno Z, de Brasília, que acompanhado de músicos da cidade e do RS fará um tributo a bandas gaúchas. Na parte dos espetáculos, ainda se apresentam o grupo circense Tholl e o Grupo Ana Terra, de projeção folclórica. Os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) são presença garantida, com suas performances vibrantes e trajes típicos, que convidam a plateia a viajar no tempo, pelos costumes, folclore e valores dos gaúchos. Ao longo de todo evento serão 52 apresentações.

Fica evidente que, também no quesito de apresentações musicais e espetáculos, a 31ª Expotchê está sendo um sucesso. E ainda tem outras atrações e a pegada de solidariedade ao povo gaúcho, vítima de uma das maiores tragédias ambientais da história brasileira. A cultura gaúcha e a brasileira estão em festa.

 

Programação Cultural:
 
12 de junho (quarta-feira)
19h The Allpargatas/Le Farfalle (DF/RS)
20h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
21h Banda Nenhum de Nós (RS)
 
13 de junho (quinta-feira)
19h The Allpargatas/Le Farfalle (DF/RS)
20h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
21h Banda Chimarruts (RS)
 
14 de junho (sexta-feira)
19h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
20h Couro e Cordas (DF/RS)
21h Banda Gurias Gaúchas – Espetáculo Elas cantam o Rio Grande (RS)
 
15 de junho (sábado)
15h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
20h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
21h Banda Gurias Gaúchas- Show Baile das Gurias (RS)
 
16 de junho (domingo)
12h Grupo de projeção folclórica Ana Terra (RS)
17h Grupo de Dança CTG Estância Gaúcha do Planalto (DF)

 

Serviço:
31ª Expotchê
Data: de 07 a 16 de junho
Local: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade
De segunda à sexta: das 16h às 23h (entrada gratuita das 16 às 17h)
Sábado e domingo: das 11h às 23h (entrada gratuita das 11h às 12h)
Show Nenhum de Nós: 12 de junho (21h)
Ingresso: R$20 (meia-entrada e ingresso solidário)
Pessoas com deficiência: acesso gratuito (acompanhante paga meia-entrada)
Indicação: livre

*comprovante de doação feita a qualquer momento de um mínimo de R$ 5 ao pix oficial de doações (Banrisul), dá direito à meia-entrada

Adquira o seu ingresso aqui ou na bilheteria do evento
www.expotche.com.br
Acessibilidade: Nos shows há área reservada a cadeirantes, idosos e portadores de necessidades especiais e, para circulação no evento, disponibilidade de cadeiras de rodas. Evento 100% em conformidade com as normas de acessibilidade previstas na legislação. 

sábado, 8 de junho de 2024

Solidariedade marca a 31ª Expotchê em Brasília

Em edição marcada por ações solidárias e espírito de retomada de atividades com a participação de mais de 40 municípios gaúchos, a 31ª Expotchê, que foi aberta oficialmente nesta sexta-feira (7/6) e ficará até o dia 16 de junho, no Pavilhão do Parque da Cidade, traz como destaques no universo musical bandas e artistas gaúchos como Nenhum de Nós, Elton Saldanha, Overdriver Duo, Chimarruts, Gurias Gaúchas e Le Farfalle. De Brasília, estarão Bruno Z, acompanhado de músicos da cidade e do RS, e grupos musicais de gaúchos que residem no DF.

Na parte dos espetáculos estão o Grupo Tholl, de arte circense e o Grupo Ana Terra, de projeção folclórica. Os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) são presença garantida, com suas performances vibrantes e trajes típicos, que convidam a plateia a viajar no tempo, pelos costumes, folclore e valores dos gaúchos.

“Com as consequências das enchentes que desafiam o Rio Grande do Sul, os artistas temiam reviver a insegurança da pandemia, quando as oportunidades de trabalho escassearam. Para eles, subir ao palco e mostrar sua cultura tem um significado ainda maior neste momento. É uma emoção muito grande que o público, certamente, vai sentir com a gente”, revela Leda Simone, diretora-executiva da Rome Eventos, empresa realizadora do evento.

A Expotchê também celebrará o Bicentenário da Imigração Alemã (julho/2024), que começou no Brasil, justamente, a partir da cidade de São Leopoldo (RS). Em uma parceria com a Embaixada da Alemanha, o público poderá conferir a exposição “Jornada para o Brasil: História das migrações de povos de língua alemã”. Desenvolvida pelo Prof. Dr. Martin N. Dreher, membro do Instituto Histórico de São Leopoldo, e pela escritora Erny Mügge, da editora Oikos, e realizada pelo Instituto Martius-Staden, a mostra traz fotos e registros históricos que abordam mais um importante capítulo na formação identitária do povo riograndense.

Sobre a Expotchê – Pela 31ª vez, a Expotchê movimentará a capital do país com a cultura, tradição e pujança do Rio Grande do Sul (RS). Por força das circunstâncias seria razoável cancelar ou adiar a edição 2024, mas prevaleceu o consenso de ser necessário seguir em frente. Assim, em meio a maior tragédia vivida pelo estado com enchentes devastadoras, o povo gaúcho dá demonstração do quanto é trabalhador, guerreiro e participativo. Diante de tamanha determinação dos parceiros riograndenses em aproveitar oportunidades de negócios e fazer a roda girar, não resta dúvida: a reconstrução do estado está em marcha.

Realizada pela Rome Eventos desde 1992, a Expotchê é sempre sucesso de público, e este ano a expectativa é de uma visitação ainda mais expressiva, considerando a solidariedade manifestada pelos brasileiros ao povo gaúcho nestes tempos desafiadores. Segundo Rômulo Mendonça, diretor-geral da Rome Eventos, são esperadas cerca de 150 mil pessoas em 10 dias. E para estimular ainda mais a presença do público, um dos atrativos da edição é a opção do ingresso solidário, que garante meia entrada mediante comprovação de doação a partir de R$ 5 reais ao PIX oficial da campanha orientada pelo governo do RS.

Os estandes, distribuídos em 17 mil m², reunirão o melhor da produção do estado, englobando segmentos como agroindústria familiar, artesanato, turismo e comércio, com a participação de mais de 40 municípios. Na ala destinada agroindústria familiar, que recebe apoio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o público encontrará produtos como vinho, cachaça, mel, embutidos, queijos, doces, erva-mate, orgânicos, artesanato em lã, entre outros.

Para uma melhor experiência de compras e lazer, a Expotchê conta com um layout e cenografia envolventes, que convidam o visitante a passar horas no local. Segmentam o espaço de grandes proporções, áreas temáticas como a Tchê Bier—com sua carreta de chopp—, Praça do Chocolate, Praça do Vinho e, para tranquilidade dos pais e alegria dos pequenos, uma ampla brinquedoteca e uma fazendinha com animais de pequeno porte. A praça de alimentação é uma atração à parte, com bares e restaurantes servindo delícias da culinária gaúcha como churrasco, arroz de carreteiro, chuleta na brasa, choripan, além de crepes, pastéis, espetinhos, cervejas e chopp de vinho.

Esta edição conta com o apoio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico, do Turismo, da Cultura e do Desenvolvimento Rural do Governo do Rio Grande do Sul, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul; das Secretarias de Esporte e do Turismo e da Mulher do Governo do Distrito Federal e do Programa do Artesanato Brasileiro – PAB/Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Governo Federal.

Ações Solidárias – Um dos destaques da Expotchê será uma ilha de 126 m² cedida pela Rome Eventos para que cerca de 100 artesãos-- 15 deles presentes ao evento— comercializem suas produções. O grande parceiro nessa ação é o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB)/ Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP) do Governo Federal, que custeia a viagem, hospedagem, alimentação do grupo e presta o suporte necessário para que esses artistas participem da exposição.

Importante ativo do estado, o turismo do Rio Grande do Sul, mesmo que muitos roteiros não tenham sido atingidos, diretamente, sofre as consequências da tragédia. Por isso, o setor merecerá atenção especial. A Secretaria de Estado de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF) se dispôs a atuar em benefício da Secretaria de Turismo do Rio Grande do Sul (Setur-RS), divulgando campanhas como “Não cancele, remarque”. Através da chamada “Abrace, sinta e viva o Rio Grande do Sul” lançada pelo RS, também serão divulgados roteiros como o “Inverno nos Pampas”, “Caminho das Águas Termais” e “Vindima 2025”. 

A Expotchê ainda servirá de ponto de coleta para doações destinadas ao povo gaúcho. Em consulta à Secretaria de Defesa Civil do RS, ficou definido que, neste momento, são muito bem-vindas roupas íntimas novas e cestas básicas. Do Distrito Federal, por intermédio da primeira-dama Mayara Noronha, a Chefia Executiva de Políticas Sociais disponibilizará pessoal para manuseio das doações. Através de parcerias com a rede de transporte, incluindo os expositores do evento, as doações chegarão a quem precisa.

Serviço:

31ª Expotchê
Data: de 07 a 16 de junho
Local: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade
De segunda à sexta: das 16h às 23h (entrada gratuita das 16 às 17h)
Sábado e domingo: das 11h às 23h
Ingresso: R$20 (meia-entrada e ingresso solidário)
Pessoas com deficiência: acesso gratuito (acompanhante paga meia-entrada)
Indicação: livre

*comprovante de doação feita a qualquer momento de um mínimo de R$ 5 ao pix oficial de doações (Banrisul), dá direito à meia-entrada
Adquira o seu ingresso aqui ou na bilheteria do evento
www.expotche.com.br
 
Mais Informações para a Imprensa:
Donna Mídia Comunicação
Charlotte Vilela
(61) 98151-2400
donnamidia@gmail.com

quinta-feira, 6 de junho de 2024

Moema Dourado traz seus oratórios para exposição artística

Começa neste sábado (8/6) e vai até a última sexta-feira deste mês (28/6), a exposição Oratórios de Mim, da psicóloga, analista junguiana e artista visual Moema Dourado, com a curadoria de Rogério Carvalho, no Espaço Oscar Niemeyer, em Brasília (DF). Numa vernissage aberta ao público, Moema apresenta 20 obras que contam histórias através das marcas do tempo, impressas por acontecimentos e vivências emocionais.

Com muito talento e sensibilidade, a artista vale-se de diversas linguagens, como escultura, desenho, pintura, fotografia, colagem, objeto, vídeo e instalação, que resultam em totens, objetos originalmente vinculados a experiências sagradas em diversas culturas. Seus processos psíquicos desaguaram em obras que remetem ao acolhimento da criança interior e contam histórias a partir da presença de um feminino, ora abandonador, ora protetor.

A psicóloga e analista sai do consultório para o ateliê. Da leitura e reflexão para a forma física. De dentro para fora. Da psicologia para a arte. A partir de um profundo mergulho em si mesma, abre espaço para que sua identidade de artista visual se manifeste, “tratando” com formas e movimento as feridas emocionais, em especial as contidas nas memórias da infância, incluindo as transgeracionais e coletivas.

Moema ressalta que explorou a construção de nichos, relicários e espaços por meio de objetos que acolhem e transformam vivências emocionais difíceis. “Quando encaramos nossas dores com profundidade não voltamos de mãos vazias. Ao contrário, podemos sair engrandecidos. Nesse sentido, minha experiência com a psicologia contribuiu sobremaneira para essa pesquisa, já que abordo na exposição a complexidade da subjetividade humana”, acrescenta.

Os totens apresentados na exposição foram feitos com dormentes de trem, peças em madeira bruta que estavam dispostas horizontalmente em sua vida útil. Emblematicamente, na obra de Moema, os dormentes se erguem verticalmente, impondo-se, e não mais servindo.

Para o curador Rogério Carvalho, a arte de Moema é um meio para uma experiência complexa. “A Exposição é um convite para uma viagem introspectiva, um reconhecimento das feridas e uma celebração da capacidade humana de encontrar beleza e significado mesmo nos momentos mais desafiadores. Aqui, cada obra é um espelho e um refúgio, onde a história se entrelaça com o universo do observador, revelando as lutas e das esperanças humanas”. 

A influência da figura feminina de proteção é marcante na mostra. Moema se inspirou em uma tia costureira muito católica, que povoou o imaginário de sua infância com santos, graças, linhas e amor. A partir de memórias afetivas e lúdicas, chegou a uma estética simbólica com ícones do catolicismo, como os ex-votos, bustos relicários, oratórios de convento e museus de arte sacra.

Tais elementos sugerem uma aproximação do sagrado e aludem à integração entre matéria e espírito. Moema sugere que a sua mensagem “é para que os visitantes olhem para seus oratórios através dos meus. Desejo que encontrem e valorizem suas relíquias individuais, que são ao mesmo tempo parte de um todo”.

Faces de uma mesma mulher – Psicóloga há mais de 20 anos e analista Junguiana em Brasília, Moema é membro-analista do Instituto Junguiano de Brasília, da Associação Junguiana do Brasil e da Internacional Association for Analytical Psichology. Antes de atuar na área, formou-se em Artes Visuais pela UnB; estudou escultura com Israel Kislansky, encontrando grande afinidade com esta modalidade artística, e aperfeiçoou sua pintura com Bisser Nai. Sua dedicação às artes, porém, sempre se deu na esfera privada, ficando a psicologia, na pública. Até o romper da pandemia...

Este momento crucial para a humanidade despertou em muitas pessoas desejos latentes. Ou, no caso de Moema, a vontade de extravasar algo que, pelo menos, não era tão evidente aos olhos externos: sua verve artística. Mas ela esclarece que a exposição não simboliza um rito de passagem, e sim um encontro de duas paixões.

“Recentemente, escrevi o livro ‘Jung, arte e imagem: um entrelace vital’, que trata da relação intrínseca das Artes Visuais com o desenvolvimento da Psicologia Analítica Junguiana. Trilhar os caminhos dessa exposição me deu a chance de abrir espaço para a artista, o que me faz bastante viva e me torna ainda mais profunda enquanto analista. Acho que essa exposição apresenta e honra ‘minha artista’, um lado que também é meu”, explica.

Depois de fazer um acompanhamento crítico com o curador Rogério Carvalho, pela primeira vez expôs coletivamente e iniciou a pesquisa que ergueu “Oratórios de Mim”.

A exposição “Oratórios de Mim” conta com o apoio do Espaço Oscar Niemeyer e da Secretaria de Cultura e Economia do Distrito Federal do Governo do Distrito Federal.


Serviço:
Oratórios de Mim
De 08 a 28 de junho
Vernissage: 08 de junho, a partir das 19 horas
Dias e horários de visitação:
De terça a sexta, das 9h às 18h
Sábado a domingo, das 9h às 17h
Espaço Oscar Niemeyer
Indicação etária: a partir de 16 anos
Entrada franca