sexta-feira, 26 de julho de 2024

Dia dos Avós e Bodas de Carbonato - tudo de bom!

Queridas e queridos leitores do ZecaBlog. Peço perdão, humilde e poeticamente falando, por voltar a este espaço, mais uma vez, para falar sobre o dia 26 de julho. Uma data especial para a minha modesta e simples existência nesta passagem. Hoje é Dia dos Avós e de Nossa Senhora Santana, padroeira de Uruaçu. Foi em um 26 de julho, no ano de 1980, que decidimos, eu e a Stela, juntar os nossos trapinhos. Portanto, estamos agasalhando não apenas os trapos, mas também os nosso ideais, sonhos, conquistas e esperanças há 44 anos – Bodas de Carbonato.

Carbonato é um material muito resistente, mas para chegar até essa condição, este material passa por várias fases. Da mesma forma acontece com um casamento que dura todos esses anos. Afinal de contas, permanecer por quatro décadas com alguém ao seu lado, mantendo o sentimento forte o bastante para continuar na caminhada da vida juntos, não é nada fácil.

A delicadeza também é uma característica que se faz necessária em um casamento, pois somente com muito carinho e cuidado um com o outro, é possível chegar a esse patamar de união.

Sobre o Dia dos Avós, esta data tem um charme a mais porque nos tornamos avós do Juliano e da Martina. Com meus avós maternos não pude ter o prazer da convivência. Minha avó Celina morreu quando minha mãe ainda tinha nove anos. Tenho algumas poucas lembranças do meu avô Edgar Barroso, que faleceu quando eu ainda era criança.

Com meus avós paternos, Ana de Alencar Camapum e Antônio Pereira Camapum, tive o prazer da convivência ao longo da infância, com os dois, e na adolescência apenas com a minha avó Naninha. Esse dois estão bem sedimentados, de forma carinhosa, na minha memória.

São lembranças que sempre resgato neste dia 26 de julho, data do nosso casamento, dos Avós e de Nossa Senhora Santana, padroeira de Uruaçu. Época também das barraquinhas, com seus leilões, correios elegantes e outras tradições que quase não vemos mais.

São lembranças que nos fazem reviver esses 44 anos de parceria, amizade, carinho e muito amor. Por tudo isso, acrescentei mais alguns versos ao poema que começou a ser elaborado quando fizemos 31 anos de casados. Nesse ritmo, vai acabar ficando maior do que os Lusíadas, de Camões.

Beijos no coração a todos neste dia tão especial.

 

O passar do tempo
José Carlos Camapum Barroso
 
O amor, quando faz
Trinta e alguns anos,
Deixa a concha
De madrepérola,
Pois, ao sair do papel,
Em plena lua de mel,
Enrolou-se no algodão.
Em meio a buquê de flores.
Fez-se duro como madeira,
Entrelaçada de amores...
 
O sabor do açúcar trouxe
O perfume da papoula,
Que passou pelo barro
E foi virar cerâmica
(Sem quebrar a louça).
Ah... todos esses anos...
Quantos desenganos
A envergar o aço,
A desafiar o abraço,
A rasgar seda, cetim.
O linho trouxe a renda
E as bodas viraram marfim.
No resplandecer do cristal,
A turmalina cor de rosa
Desaguou na turquesa...
Ao amor e sua beleza,
Juntou-se a maioridade.
 
O que fazer agora, então?
A água-marinha já não
Banha a mesma porcelana...
Resiste a louça, coberta
Em palha, guardada
Em opala, que desperta
O brilho fino da prata...
 
Como passam os anos...
Novos, antigos desenganos
Trazem um cheiro de erva
Ao amor balzaquiano...
Tudo agora é pérola!
E a força do Nácar ajudou
A passar trinta e um anos.
 
Como não ficar sozinho...?
Entre anos e desenganos,
Vieram as Bodas de Pinho.
E nós, em nosso ninho,
A aguardar indecisos:
O que será meu Deus
Essa tal Bodas de Crizo?
Aos trinta e três anos...
Melhor seria “Bodas de Cristo”.
 
Os dias se passaram...
Agora podemos caminhar
Rumo às Oliveiras...
Símbolo da amizade,
Da paz e prosperidade.
Um ramo apenas bastará,
A nos encher de esperança.
Depois de tanta turbulência,
Teremos “terra à vista”.
Sinal de que a vida continuará
A nos oferecer conquistas!
 
Debaixo da Oliveira,
O tempo passa devagar,
Suas folhas são perenes,
Nos deixam mais serenos
A espera do amanhecer...
Árvore da prosperidade,
Bendita e bem-vinda
Até que o sol possa nascer.
Vamos caminhar pela praia,
Onde os corais de uma nova
Vida irão resplandecer.
 
Corais sedimentados,
Incrustados e fortalecidos
Pelos grãos de areia...
Depósito compartilhado
De alegrias, dores e amor...
Logo, logo, chegarão
As Bodas de Cedro,
Árvore de tronco largo,
A sustentar sonhos
E lembranças tão altos,
Distantes e altivos,
Que nem a vista alcança.
 
Madeira de lei
A sustentar nosso leito,
A fortalecer no peito
Mais um ano de caminhada.
Essa a nossa estrada,
Com sabores e dissabores
Superados pelo chá
Do Cedro-Rosa
E pelo óleo milagroso
Dessa madeira vermelha.
Do alto de seus galhos,
Podemos o futuro avistar:
Há uma pedra no meio
Do caminho... no meio
Do caminho, uma pedra há:
Nossa aventurina,
De tantas aventuras,
Com seus fluidos benignos,
Pronta para nos agasalhar.
Pedra esverdeada,
Que emociona e purifica.
Traduz a maturidade
De uma vida tão rica
De prazer e criatividade.
 
Aos 38 anos, então,
É tempo de comemorar
Com o vinho guardado
Em barril de carvalho.
Néctar dos deuses,
Balsamo de dores
A revigorar amores
Contidos nos corações.
 
E veio o mármore...
Rocha firme, calcário,
Sob pressão e calor,
Dá beleza ao casamento
E à vida, mais valor.
 
Novas bodas aos 40 anos,
Desta vez, a tão sonhada
E cobiçada esmeralda...
Pedra encravada
Entre a prata e o ouro,
No amor incondicional
Guardada há 40 anos.
Estímulo ao coração
Nos traz renascimento...
 
Pedra do amor eterno,
Da fidelidade e perseverança...
Lembranças que nos fazem crianças
Jovens e adultos para sempre,
Muito além da eternidade.
 
Nos 41 anos de casamento,
Juntaremos nossos trapos,
Embrulhados em papel de seda,
Até que a esmeralda,
Bem dilapidada e conservada,
Se transforme em ouro...
Conseguiremos alcançar
Outros tantos anos até os 50...
 
Bodas de Prata Dourada,
A suavidade da caminhada
Longa e perseverante,
São a riqueza da relação
Que num cuidado constante
Enche de amor o coração.
Logo chegará o Azeviche
Essa gema orgânica natural
Que nos garante o equilíbrio,
Firmeza e a fortaleza ao casal.
 
Azeviche, gema orgânica,
Sedimentada no tempo
Fortalecida na dinâmica
Do bom relacionamento.
São 43 anos de junção
De cacos e pedaços
De amores e carinhos
Guardados no coração.
 
Aos 44 anos, o Carbonato
É símbolo da resistência,
Uma marca registrada
Da nossa geração,
Assentada em sonho,
Esperança e revolução.
Construir tanta firmeza,
Deu-se pela delicadeza...
E na certeza de que o mundo
Pode ser mais justo, e o amor
Sempre o melhor caminho.
 

  

domingo, 21 de julho de 2024

Exposição artística destaca a magia do circo em Vitória

A Magia do Circo vai ser tema de uma exposição de arte, em Vitória (ES), no período de 12 de agosto a 30 de setembro, na Casa Porto Artes Plásticas, no centro da cidade. Fazem parte da mostra os poemas sobre o circo de autoria do psicanalista Ítalo Campos – goiano, radicado em Vitória – e as aquarelas do artista plástico Luís Keiper e de seus convidados.

A exposição será um homenagem a Joyce Brandão, artista visual, pesquisadora, professora aposentada do curso de Artes Plásticas e Visuais da Universidade Federal do Espírito Santo. Para resgatar o mundo mágico do circo, todo ambiente será decorado com elementos circenses, desde a entrada da Casa Porto e internamente com camarim e guarda-roupas.

Durante o período serão projetados vídeos de 44 poemas, declamados por pessoas  de todas as idades, do Brasil e do exterior, como Alemanha, França, Bélgica e Estados Unidos. Serão oferecidas oficinas de poesia e aquarelas para os participantes. A abertura da exposição contará com apresentação de artistas circenses e com o Homem Banda Capixaba.

Luís Keiper e Ítalo Campos

O escritor e poeta Ítalo Campos, que terá seus poemas relacionados ao circo apresentados e ilustrados por aquarelas, considera que “esta exposição pretende provocar, despertar, em cada um que a visitar, a criança poeta, a criança esperta, criativa e alegre, que todos carregamos”.

Nas palavras do consagrado artista plástico Luís Keiper, a exposição “tem vários significados especiais para mim. Dentre eles, ter promovido intensa reflexão sobre as artes circenses ao longo da história das civilizações, em busca de explicação do fascínio inato das pessoas pelo circo.  Isso, através da criação de sequência de ilustrações para as poesias do Ítalo, utilizando a técnica transparente e imprevisível da aquarela sobre papel”.

Os apaixonados pela cultura têm, n’A Magia do Circo, uma razão especial e duplicada para visitar e apreciar a exposição de poemas e aquarelas, durante mais de um mês e meio, na capital capixaba. O circo faz parte do imaginário popular, está arraigado na nossa cultura e tem o dom de encantar o público de todas as idades.

Serviço:

Exposição  de Arte: A Magia do Circo
Local: Casa Porto Artes Plásticas (centro de Vitória-ES)
Período: 12 de agosto a 30 de setembro de 2024
Poemas: Ítalo Campos
Aquarelas: Luís Keiper e convidados
Realização: Associação Uma Floresta
Produção: Ratimbum produções
Apoio: Funcultura e Prefeitura Municipal de Vitória (ES) 


quinta-feira, 18 de julho de 2024

Chapada dos Veadeiros vive a XVI Aldeia Multiétnica

A XVI Aldeia Multiétnica está sendo realizada com sucesso de público, participação e integração dos diversos povos indígenas e quilombolas, no entorno do Parque Nacional da Chapada do Veadeiros, próximo ao município de Alto Paraíso de Goiás, desde o dia 12 de julho, com final previsto para o dia 27 de julho.

Este ano, o Conselho de Lideranças Indígenas que fazem parte da rede multiétnica que coordena o evento, realizou diversas reuniões mediadas pelas plataformas online para garantir a organização do evento e da programação. Este é o primeiro ano em que é possível determinar a programação e dia das festas de cada etnia.

A Aldeia Multiétnica é um território na Chapada dos Veadeiros dedicado ao fortalecimento das culturas e lutas políticas dos povos indígenas e quilombolas, com princípios de preservação, promoção e acesso ao patrimônio material e imaterial brasileiros. Está localizada em uma área de preservação ambiental do Cerrado e reconhecida como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco.

Foto: Ester Menezes

Calendário Anual – Lançada em 2007, tornou-se um ponto de encontro entre diferentes povos indígenas e entrou no calendário anual de representantes de muitos povos indígenas como Kayapó/Mebêngôkré (PA); Avá Canoeiro (GO); Krahô (TO); Fulni-ô (PE); Guarani Mbyá (SC); Xavante (MT); e Yawalapiti, Kamayurá e Waurá, do Alto Xingu (MT).

No evento, realizado em toda primeira semana da segunda quinzena do mês de julho, eles se reúnem para apresentar seus saberes, modos de fazer e usos e costumes de diversas maneiras (cantos, dança, gastronomia, pinturas corporais, arte); compartilhar as lutas por seus direitos originários e para manter suas culturas e territórios tradicionais; e debater com indígenas e não-indígenas as temáticas a respeito da realidade nas aldeias, por meio de rodas de conversa e da convivência diária com os participantes.

A Festa Kariri Xocó é marcada pelos cantos e danças tradicionais e pelas histórias e sabedorias deste povo sobre sua cultura, seu território e plantas sagradas. A Dança do Búzio marca a festa no pôr do sol, o Sopro da Cura, e muitos torés e rojões. À noite, ao redor da fogueira, contação de histórias, rezo sagrado com as mulheres e roda de cachimbo, iniciação de pawi. 

Foto: Raissa Azeredo

Saúde Indígena – Muito interessante, também, no evento é a tenda da saúde, que nasceu da ideia da  psicóloga Junguiana, Elaine Burini de entender a integração do corpo, Terra e o poder das plantas. É um ponto de atendimento aos indígenas  e não indígenas durante o evento. Nessa edição  da VXI Aldeia Multiétnica, mestres indígenas e profissionais se juntaram nesse diálogo. Dele saíram frases interessantes, como “nosso povo se livrou do covid defumando alecrim e velaminho”. Finalizaram, de mãos dadas, ao som de um canto sagrado que enleva e carrega  na fumaça e na força das vozes mais um recado aos céus.

No sábado passado (13/7), foi realizada mais uma edição da Feira de Experiências Sustentáveis do Brasil, que contou com artesãos, artesãs, associações e projetos que representam os biomas brasileiros.  Este ano a feira é apoiada pelo Sebrae, começando na Aldeia Multiétnica no dia 13 de julho, e seguindo para o Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, com término no dia 27 de julho.

A feira propõe uma imersão na cultura dos povos originários e comunidades tradicionais participantes a partir do comércio dos produtos da sociobiodiversidade. Foi realizada uma minuciosa curadoria que reuniu 20 expositores. Na curadoria, levaram em consideração o quanto os produtos proporcionam uma aproximação aos conhecimentos tradicionais, ancestrais, produzidos de maneira sustentável, celebrando a sociodiversidade e apoiando a economia da floresta em pé.

Foto: Sinvaline Pinheiro

Espiritualidade – Do Canadá,  região do Québec, vieram da Etnia Innu, Uauietilu, Kate e especialmente da etnia Wolastoqiyik a indígena Ivanie Aubin-Malo (foto acima). Uma moça que vive sua cultura na responsabilidade de transmiti-la aos mais jovens, após receber  espiritualmente através de uma serpente o questionamento e uma música ancestral.  A experiência transformou sua vida e hoje vive forte a  espiritualidade, repassando os conhecimentos para os mais jovens com muita garra.

No local, até o momento, existem oito casas indígenas tradicionais construídas na Aldeia, por representantes dos povos Kayapó/Mebengôkré (PA), Krahô (TO), Fulni-ô (PE), Guarani Mbyá (SC), Xavante (MT), Kariri Xocó (AL/DF), Alto Xingu (MT), Yanomami (AM) e Kalunga, do maior território remanescente quilombola do Brasil (GO). Em 2019, a Xapono, casa tradicional Yanomami, foi construída no centro da Aldeia, tornando-se um lugar de trocas e encontros entre todas as etnias. Ela foi desenhada por Davi Kopenawa, importante liderança, especialmente para aquele espaço.

PS – Informações obtidas pelo site Aldeia Multiétnica: www.aldeiamultietnica.com.br

  

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Águas de Oxalá dão um banho de purificação no DF

O Projeto Águas de Oxalá veio para purificar mentes e corações do povo de Brasília. Começou segunda-feira (8/7) e vai se estender, em várias etapas, até dia 26/7 (sexta-feira), com rituais de lavagem e oficinas abertas à comunidade mediante inscrição, sob o comando da Mãe Francys Baiana do Acarajé ou Doné Francys de Oyá. Um dos pontos auges da programação será neste sábado (13/7), às 17h, em Samambaia, com o ritual de lavagem para encerrar o primeiro ciclo.

Sincretismo religioso e tradição cultural centenária estão nas raízes do projeto. Além de celebrar essa rica manifestação cultural e religiosa nascida na Bahia, Águas de Oxalá cumpre o importante papel de dar visibilidade à cerimônia, ajudando a preservar valores formadores da identidade nacional. Ao mesmo tempo, produz informação clara para auxiliar outros segmentos da sociedade a superarem posturas racistas e preconceituosas, na medida em que compartilha a mensagem ampla de paz e congraçamento representada pelas lavagens.

O projeto Águas de Oxalá é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e conta com o apoio da Gerência do Complexo Cultural de Samambaia.

“A lavagem é um importante exemplo de como as comunidades de matriz africana estão lutando para reivindicar seus direitos e afirmar sua cultura e religiosidade. Temos avanços, mas também percebemos um aumento da intolerância. Há muito a ser feito para garantir a igualdade de direitos e o respeito às diferenças no país. Estes elementos fundamentais da nossa história devem ser valorizados, ou, no mínimo, compreendidos como parte da diversidade cultural do Brasil. Nosso projeto é um ato que pede paz, tolerância e, compartilha, principalmente, o amor ao próximo”, defende Mãe Francys.

O projeto tem duas frentes principais: os rituais de lavagens e as oficinas abertas à comunidade mediante inscrição feita nos locais da oficina ou através de um link em ambiente digital. Com duração de 20 horas cada, as oficinas, oferecidas a grupos de 20 pessoas em espaços como o Complexo Cultural de Samambaia, GRES Águia Imperial e Instituto AMPB Rancho Sol Nascente, abordarão o ritual da Lavagem, discorrendo sobre significado, história, indumentárias, musicalidade e culinária que fazem parte dessa tradição. Com as aulas realizadas durante a semana, os alunos são convidados a participar das lavagens no fim de semana, junto com a comunidade, guiados pelos orixás principais desta celebração: Oxalá, Iemanjá e Oxum.

Os rituais que acontecem como um cortejo de fé, união e devoção a santos católicos e a orixás do candomblé, duram cerca de três horas. O início se dá com o encontro de integrantes da lavagem vestidos de branco e capoeiristas, simbolizando o encontro das águas. A partir daí, os integrantes “lavam” o local com água de cheiro, ao som de toques de atabaque e cânticos afro-religiosos, numa celebração ecumênica. No caso do projeto, ao final, todos confraternizarão com música e um delicioso festival de acarajé. A tradição vem sendo difundida por Mãe Francys há cerca de três anos, principalmente em Samambaia. Em 2022, por exemplo, um público ainda maior teve a oportunidade de acompanhar o ritual da lavagem em ocasiões como a posse da ministra da Cultura Margareth Menezes, abertura do Carnaval de Brasília, aniversário da Caixa Econômica Federal e folguedo do Boi de Seu Teodoro.     

Origem – As cerimônias de lavagem surgiram como rituais de purificação e renovação do universo das religiões afrodescendentes. Os povos escravizados, forçados a abandonar suas crenças, religiões e culturas na África, foram impedidos de praticar livremente sua fé no Brasil. Como resultado, houve o surgimento de um sincretismo religioso, que incluiu a devoção à Nossa Senhora Aparecida e outros santos. A sua origem se dá, precisamente, na escadaria da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, patrimônio imaterial do Brasil.

Ritual importante para a população e os herdeiros culturais da África, a Lavagem representa a limpeza de todos os males, incluindo pensamentos negativos, intolerância e racismo religioso. Ela é feita com água e ervas preparadas pelos sacerdotes dessas religiões, onde a água, o elemento sagrado, é usada para purificar o corpo e a alma.

 

Cronograma das oficinas:
Águas de Oxalá
Oficina 1 (restrita a 20 pessoas):
Local: Complexo Cultural de Samambaia
Data: De 08 a 13/07
Horário: das 14 às 18:00 (sábado, 13/7, às 17h)
Oficina 2 (restrita a 20 pessoas):
Local: GRES Águia Imperial
Data: De 15 a 19/07
Horário: das 14 às 18:00
Oficina 3 (restrita a 20 pessoas):
Local: Instituto AMPB Rancho Sol Nascente
Data: De 22 a 26/07
Horário: das 14 às 18:00
Oficina 4 (restrita a 20 pessoas): a definir
 
Serviço:
Inscrições no local das oficinas ou através de link disponibilizado nas redes sociais do projeto
Mais informações: aguasdeoxaladffac@gmail.com
Instagram
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