Feliz Natal
José Carlos Camapum
Barroso
Batem-se
os sinos...
Acendem-se
velas...
O
espírito natalino
Novamente
revela
A vinda
de Jesus.
A
humanidade se curva
Diante
dessa luz.
Pede
perdão,
Agradece
a Deus
Graças
concedidas.
“Tu
que nos destes em vida,
A vida do
filho Teu,
Nos permita
a vida eterna.
Em louvor
à Virgem Maria
Retira-nos
das trevas,
Nos
conceda um novo dia.”
Todo fim de ano traz de
volta a polêmica sobre qual festa é melhor: o Natal ou Ano Novo? A desavença
começa pelo recesso no ambiente de trabalho. Há aqueles que só tiram folga na
semana natalina e os que preferem o fim de ano. A polêmica ganha contornos
piores quando embalada por visões fundamentalistas, sejam elas expressas por religiosos
ou pelos festeiros de carteirinha.
Estes últimos têm certeza
que festa boa é o Réveillon e que as comemorações natalinas são cansativas,
caretas e modorrentas. A turma do primeiro grupo só enxerga lascividade e
pecado nas festas de fim de ano.
São duas comemorações bem
distintas e cada uma com sua beleza própria e seu estilo marcante. Como é
delicioso o momento natalino, em que as famílias, as pessoas mais próximas,
reúnem-se para comemorar o nascimento de Cristo, e, por consequência enaltecer
todos os bons ensinamentos que guiam uma parcela relevante da humanidade.
A Igreja Ortodoxa não
comemora o nascimento de Cristo no dia 25 de dezembro, mas, no dia 7 de
janeiro, pois não reconhece a reforma do calendário implantada pelo Papa
Gregório, no ano de 1582, que corrigiu uma defasagem de treze dias entre a data
do calendário e a data real das mudanças das estações – equinócio e solstício.
Os ortodoxos continuam seguindo o calendário de Júlio Cesar, criado em 45 A.C.
Pelo mesmo motivo, só
comemoram o Ano Novo no dia 14 de janeiro. Mas, na Rússia pagã, essa data
estava associada ao fim do Inverno e início da Primavera, portanto, sempre
comemorado no mês de março com o “renascimento da Natureza”. O Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico, em
2016, foi comemorado no pôr do sol do dia 02 de outubro até o anoitecer do dia
04 de outubro, de domingo a terça-feira, marcando o início do ano 5777. Como de
costume, serve para lembrar a criação do universo por Deus, bem como a
aceitação da soberania d’Ele sobre o mundo.
Velho Ano Novo
José Carlos Camapum Barroso
Fim de
ano é roupa branca,
Alma
limpa e coração aberto,
O amor de
sempre por perto
E um
pipocar de esperança.
Champanhe
explode no ar
E os
fogos em artifícios
Colorem o
céu de ilusões...
Risos e
abraços nos salões
Gritos e
choros pelas calçadas,
Cobertas
de lágrimas e suor,
Papel
picado e latas de cerveja...
Passa a
noite, some a lua...
E os
primeiros raios de sol
Trazem o
ano novo pra rua.
Garis
fantasiados de homens
Varrem
restos de alegria.
O bar se
fecha, abre a padaria.
Os
jornais chegam mais cedo
A
estampar notícias velhas
E
previsões que se repetem.
O ano foi
ruim, mas este será bom!
O ano
acabou... O mundo, não
O
mundo...? É vasto o mundo...
E eu nem
me chamo Raimundo
Muito
menos, Drummond.
Em todas essas festas e
comemorações o que sobressai, sempre, é a beleza da solidariedade e da paz
entre pessoas e povos. O que faz a grandeza de uma festa é o espírito do congraçamento,
a certeza de que a verdadeira felicidade só existe quando se compartilha esse
momento com o próximo.
O melhor mesmo é abraçar as
duas comemorações. Um Natal regado a orações, velas e cantos natalinos não
dispensa um bom vinho, uma boa comida e outras tipos de música. O Ano Novo,
seja pelo calendário gregoriano, juliano, judaico ou mesmo pagão, é uma
explosão de alegria junto a pessoas amigas, queridas, sem que se perca a
oportunidade, também, para uma pitada de reflexão sobre o que fizemos, deixamos
de fazer, ou precisaremos realizar no ano que se inicia.
É vida que segue, entre
fogos e artifícios...
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