O que seria de nós, pobres
mortais, se não existissem neste mundo os Compositores. Sim, com “C” maiúsculo,
que é como deve ser escrita a atividade tão salutar e deslumbrante exercida por pessoas com esse talento. Desde os primórdios da humanidade, a música existe
para nos dar prazer, nos distancia dos maus pensamentos, e serve como bálsamo naqueles momentos tão destruidores de mentes e de corações.
A música, e, portanto, a
composição, está associada ao surgimento das primeiras comunidades, quando as
pessoas procuravam juntar-se para sobreviver e viver melhor. Dizem os
estudiosos que a música surgiu há 50 mil anos, com as primeiras manifestações
sendo feitas no continente africano, depois se espalhando pelo mundo afora.
Com o passar dos anos, essa capacidade de elaborar música brotou por diversas regiões: China, Índia, Egito, Grécia... E foram os
gregos, na Antiguidade Clássica, lá pelos idos do século V Antes de Cristo, que
elaboraram as primeiras teorias musicais. Os filósofos gregos tiveram
participação fundamental nessa evolução. Pitágoras acreditava que a música e a
matemática formavam a chave para compreensão do mundo. Dizia que o Universo
cantava, justificando a importância da música na dança, na tragédia e nos
cultos gregos. Lindo demais, não?
Ainda mesmo Antes de Cristo, o
canto gregoriano já estava presente nas sinagogas e nos países do Oriente Médio.
Foi aperfeiçoado no século VI, pela Igreja Cristã, que fez do canto gregoriano
elemento essencial para o culto. As evoluções foram se sucedendo, com o
surgimento da polifonia, com os músicos renascentista buscando uma composição
que fosse universal, até o extraordinário tempo do Barroco. Surgem, então, os
geniais compositores Lully e Rameu, na França; Vivaldi, na Itália; Haëndel,
na Inglaterra; e Johann Sebastian Bach, na Alemanha.
Daí para a música clássica
foi um pulo. Período marcado pelas composições extraordinárias de Haydn, Mozart e Beethoven.
Também importante pelo surgimento das composições para instrumentos musicais e
não apenas para o canto. São as chamadas “músicas para piano”. Então, surgiram
as sonatas, a sinfonia e o concerto. E para ficar tudo ainda mais grandioso,
veio logo o Romantismo, apoiando-se no talento de Beethoven, Chopin, Schumann,
Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros. Os compositores e os
apreciadores queriam morrer de tanta paixão...
Até desaguarmos no Século
XX, com novas tendências e técnicas musicais. São muitas as possibilidades, que
passam pelo Impressionismo, o Nacionalismo do Século XX, influências do jazz,
politonalidade, atonalidade, Expressionismo, Neoclassicismo, Música Concreta,
eletrônica, Serialismo total, e música Aleatória. Pode? Pode e veio somar-se a tudo isso o que ficou conhecido como música popular, aqui no Brasil, nos Estados Unidos, no Caribe, América Latina, Europa, África, Ásia, Oriente Médio...
Chegamos onde chegamos
graças aos compositores, que hoje são homenageados em todo o mundo. A música é
uma forte expressão da cultura de um povo, de um país ou de uma região. Música
é arte e devemos essa grandeza aos verdadeiros artistas, que são os
compositores.
Que eles sejam eternos
como as suas composições!
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