A cultura brasileira perde
mais uma batalha na eterna luta pela sobrevivência e pela supremacia do talento
e dos valores artísticos. Wilson das Neves se foi, neste sábado, aos 81 anos de
idade, vítima de câncer, em um hospital na Ilha do Governador, no Rio de
Janeiro. Carioca da gema, carregava consigo a alegria, a descontração e a
paixão pelo samba. Músico, baterista, compositor e cantor, participou da
gravação de 800 discos de artistas como Caetano Veloso, Elis Regina, Clara
Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Roberto Carlos e Sarah
Vaughan, além de ser baterista de Chico Buarque de Holanda há mais de 30 anos.
Só se lançou como cantor em
1996, com o disco O Som Sagrado de Wilson das Neves, mas deixou gravados outros
três álbuns: Brasão de Orfeu, Pra Gente Fazer Mais Um Samba e Se Me Chamar, Ô
Sorte, brasão que o tornou conhecido no mundo artístico do Rio de Janeiro e
teria sido criado pelo cantor Roberto Ribeiro.
Autor de sambas elegantes e
melodias bem elaboradas, Das Neves era querido em todo o meio musical. Seu
corpo será velado, neste domingo, na quadra de samba da escola Império Serrano,
que declarou luto de três dias.
Mais uma perda significativa
para a Música Popular Brasileira, que, muito recentemente, perdeu Luiz Melodia,
também derrotado na luta contra um câncer. Wilson das Neves deixa uma
contribuição extraordinária para a arte e a cultura brasileira. Mais um a
reforçar o time de talentos que se aninham lá no céu. A turma de lá, com
certeza, deve estar usando o bordão “ô, sorte”.
Nós, daqui, ficamos com a saudades e a bela herança que ele deixou no universo da música.
Nós, daqui, ficamos com a saudades e a bela herança que ele deixou no universo da música.
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