Ventos
favoráveis, trazendo notícias boas, sopraram por aqui esta semana. Fiquei
sabendo e conhecendo um grupo cultural que está fazendo um importante trabalho
no norte goiano, tendo a minha querida Uruaçu como ponto de referência.
Trata-se
do Coletivo Gaffurina, um grupo de artistas da terrinha que, desde 2012, se
juntaram para levar adiante três itens fundamentais para o mundo da cultura:
música, literatura e artes visuais. A ideia principal é divulgar e estimular a
produção cultural autoral de artistas de Uruaçu, dando valor à criatividade e à
qualidade artística.
O mote para organização dessa turma são os eventos culturais, que agregam artistas das mais diversas tendências, levando para as ruas realizações gratuitas, abertas ao público, e organizadas de forma itinerante. Isso no período anterior ao advento da pandemia do novo coronavírus, que puxou o freio de forma brusca das realizações culturais, não só em Uruaçu, mas, em todo País e no mundo inteiro.
O
Coletivo começou, há exatamente dez anos, com o evento do Festival Gaffurina.
Foram criados, também, a Vitrola Difusora, em 2015, que consistia na gravação e
divulgação de trabalhos das bandas autorais da cidade, e depois, em 2016, o
Movimento de Ocupação Cultural – este voltado para “tomar” os espaços públicos.
Ambos foram suspensos com a pandemia. Do ano de 2012 pra cá, o Coletivo realizou
saraus, lives, mostras de artistas plásticos.
A importância desse trabalho, no campo da música, salta aos olhos quando se revela que a cidade de Uruaçu, com uma população de aproximadamente 35 mil pessoas, chegou a ter seis bandas musicais em atividade. Atualmente três estão atuando: W.C., Winchester 22 e Casulo Fantasma. Cidades como Porangatu e Goianésia, que tem uma população bem maior, não possuem esse quantitativo de bandas atuando.
No campo das artes plásticas, estão se destacando nomes como de Jordane Silvestre, Camylla Maia, Stella Cardozo, Pedro Rosa, Rodrigo Kramer, Gabriel Andrade, Lucas Barros, Lucas Venícius e Marcos Paulo Paes. Todos fazem parte de uma nova geração de Uruaçu. Possuem trabalhos relevantes e são artistas talentosos. Também estão agregados ao Coletivo Gaffurina.
Uma
página do trabalho desta turma merece ser destacado à parte. No ano de 2016, homenagearam
a escritora e poeta Sinvaline Pinheiro e, em 2017, o também escritor e poeta Mariano
Peres. Ambos tiveram textos e poesias gravados e divulgados no Festival Gaffurina.
Em 2020, a forte propagação da Covid-19 fez com que os trabalhos fossem suspensos. Em 2021, começaram a ser retomados, porém com novo formato. Agora o foco são as atuações em estúdios, com gravações digitais para posterior divulgação nas redes sociais.
Essa
moçada fez uma verdadeira revolução cultural no norte goiano, principalmente em
Uruaçu. Nossa terrinha sempre teve uma forte manifestação artística,
principalmente na música. Andava um pouco adormecida, tendo em vista que, nas
últimas décadas do século passado, a imensa maioria dos jovens saía para “estudar
fora”, em Goiânia, Brasília ou outras capitais.
Por
meio do Coletivo Caffurina, jovens de mais ou de menos idades, mas, todos
jovens, moças e rapazes, fizeram um verdadeiro despertar cultural em Uruaçu. Precisamos
incentivar e estimular o trabalho desses artistas. A cultura precisa de
movimentos dessa natureza, principalmente num momento de tantas dificuldades
que vivemos.
Salve os movimentos culturais e o trabalho incansável dos artistas!
Serviço:
Gaffurina
Cultura e Artes (Facebook e Youtube)
@coletivogaffurina
(Instagram)
Muito legal! O pessoal manja!!
ResponderExcluir