Um
projeto musical de altíssima qualidade está sendo lançado neste fevereiro.
Trata-se de “Pixinguinha Como Nunca”, homenagem ao compositor que morreu no dia 17 de
fevereiro de 1973, dentro de uma igreja, quando participava de uma cerimônia de
batismo na qual era padrinho. Há exatos 50 anos morria um dos maiores
músicos brasileiros, batizado com o nome de Alfredo da Rocha Vianna Filho, mas, conhecido
como Pixinguinha, agora homenageado.
O
projeto, que tem como diretor musical o cavaquinhista e pesquisador Henrique
Cazes, traz 50 composições inéditas do artista, garimpadas em seu acervo.
Segundo ele, o compositor, como orixá, segue se mostrando vivo e, mais do que
isso, novo. Por isso o título "Pixinguinha Como Nunca". E exatamente pela riqueza
da obra do homenageado será lançado em quatro etapas, nas plataformas de
streamings.
A
primeira delas, "Pixinguinha Virtuose", foi lançada no último dia 3,
com obras que deixam evidente a maestria do compositor e seu domínio no terreno
do choro. Nesta sexta-feira, dia 17, chega às plataformas "Pixinguinha na
Roda", precedido do show “50 Anos Sem Pixinguinha”, hoje, às 19h, no
Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em abril, dia 6, é a vez de "Pixinguinha Internacional", no qual o maestro se aventura em gêneros estrangeiros como tango e ragtime. Por fim, dia 24, "Pixinguinha Canção" inclui as melodias que ganharam letras de Arnaldo Antunes, Moacyr Luz, Elisa Lucinda, Nei Lopes, Paulinho Moska, Cecília Stanzione, Eduardo Gudin, Salgado Maranhão, Guinga, Paulo César Feital e Osvaldo Simões.
O
time de músicos (foto acima) que abraçaram o projeto é de primeira linha, com Carlos Malta
(flauta e sax), Silvério Pontes (trompete), Marcelo Caldi (sanfona), Marcos
Suzano (percussão), João Camarero (violão de 7 cordas) e o próprio Henrique Cazes
(arranjos e cavaquinho).
O
diretor musical do projeto lembra, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo,
que "a certa altura de sua vida, Pixinguinha foi passado da vanguarda para
velha guarda sem escalas, e ali ficou. Uma imagem passadista que não condiz com
a modernidade de sua música". Cazes reforça que "em ‘Pixinguinha Como
Nunca’, buscamos olhar o artista com esse viés moderno. Pixinguinha inédito,
mas não no passado e sim no século 21".
O
projeto tem a curadoria do ator e cantor Marcelo Vianna, neto de Pixinguinha e
pesquisador da obra de seu avô. Na realidade, a origem de "Pixinguinha
Como Nunca" remonta ao início da parceria de Vianna e Cazes, que há muito
tempo desenvolvem projetos em separado sobre a obra do maestro. Em 2015, eles
trabalharam juntos pela primeira vez em "Pixinguinha: as Cinco
Estações", espetáculo que passeava na vida do compositor. Dali para
"Pixinguinha Como Nunca", foi um caminho natural.
Quem ganha com o encontro desses dois estudiosos e pesquisadores é a cultura brasileira. O projeto resgata Pixinguinha, o chorinho e a alma mais profunda e mais rica da música brasileira.
Lindo projeto ... E resgate merecido,... Pixinguinha a tá na memória da maioria das pessoas com "Carinhoso"
ResponderExcluirObrigado, Rodrigo. Pixinguinha é uma página importante da nossa cultura musical. Grato, pelas palavras.
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