O
Dia dos Pais é comemorado em diferentes datas pelo mundo afora. Em Portugal,
seguindo a tradição católica, nossos patrícios homenageiam a paternidade no dia
19 de março, dia de São José, marido de Maria, a mãe de Jesus. Alguns
historiadores dizem que essa tradição começou há quatro mil anos, quando um
jovem, na Babilônia, teria moldado em argila uma mensagem para o seu pai,
desejando-lhe sorte, saúde e longa vida.
Nos
Estados Unidos, a tradição teria começado na cidade de Spokane, depois se
espalhou para todo o estado de Washington, até ser oficializado, em 1972, pelo
então presidente Richard Nixon, quando instituiu o Father’s Day. Já no Brasil,
teria sido comemorado pela primeira vez no dia 14 de agosto de 1953, pelo
publicitário Sylvio Bhering, adquirindo posteriormente a tradição de ser no
segundo domingo de agosto.
Dezenas
de países comemoram o Dia dos Pais no terceiro domingo do mês de junho,
inclusive vários dos nossos vizinhos sul-americanos. A Alemanha homenageia os
pais 20 dias depois do domingo de Páscoa, dia da Ascensão de Cristo.
Enfim,
existem datas para todos os gostos e tradições. Mas, o importante mesmo é que
não nos esqueçamos de render nossas homenagens aos pais, por tudo aquilo que
eles representam na família, principalmente pelo papel que passaram a exercer
no lar depois da emancipação feminina. Querendo ou não, gostando ou não,
passamos a exercer a função de pai em uma dimensão bem mais grandiosa, bem mais
próxima daquela que as mães exercem com profunda e louvável naturalidade.
Ser
pai é saber homenagear seu pai, seu avô, bisavô, mesmo que eles não estejam
mais entre nós. Para ajudar um pouco nessa comemoração, seguem, abaixo, um belo texto do amigo, poeta, escritor, psicanalista Ítalo Campos, e um poema que fiz aos pais.
Beijos
para os pais, os filhos e os espíritos santos.
A
ele, primeira pessoa da Trindade e do mistério da criação, sem rosto, sexo ou
cor. Nem alto, nem baixo. Força e guia.
A
ele, que me arranca do berço esplêndido, me joga na cultura, me faz falar. Me
coloca para andar mesmo trôpego, mesmo frágil, mesmo frouxo, dou meu passo em
sua direção, referência que é.
Pai
é esse que me atira para o mundo, que me joga no rio, que me ampara na descida
da cachoeira, que me aponta um porto a que eu possa chegar. Pai é aquele que
agacha à minha altura, que me abraça pela cintura e me joga pro ar no ensaio de
voo. É quem, às vezes, poda minhas asas para fortalecê-las e não para mutilar,
é quem me fornece equipamentos para eu não desabar ante as tempestades, me
indica o perigo e onde eu possa pousar para descansar.
O
pai vela meu sono, é vela na escuridão, é minha vela em oceano tenebroso.
Todo
pai é maior que a sua carne, mais além do seu vício, é maior do que seu
defeito. Nenhum pai humano é perfeito.
O
pai é aquele que se oferece como escada, que nos fornece seu nome, que se deixa
ser superado, que deseja ser enterrado. Que os filhos, os filhos dos filhos, na
escala das descendências, o rememore sem culpa, sem dor, sem lamento. Saibamos
que, uma vez existindo, o pai jamais desaparecerá.
O
meu pai está na terceira margem do rio me protegendo.
Parabéns Zé Carlos pelo seu poema dedicados aos pais. Parabéns pelo seu dia!
ResponderExcluirObrigado!
ExcluirBelíssima reflexão!
ResponderExcluirObrigado!
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