Esta
é uma sexta-feira com sabor especial para a área de cultura de Brasília. O
maestro Cláudio Cohen foi mantido como regente da Orquestra Sinfônica do Teatro
Nacional Cláudio Santoro. De imediato, a certeza de que o projeto de levar a
música de qualidade às mais diversas regiões do Distrito Federal vai continuar,
firme e forte, sob a batuta desse que é dos mais respeitados nomes da música
brasileira atual.
Em
entrevista ao ZecaBlog, Cláudio
Cohen, fala um pouco dos seus projetos para os próximos anos e da satisfação
que sentiu com a recondução ao cargo. Cohen é brasiliense e um profissional
admirado e respeitado no cenário nacional e internacional. Brasília já deve a
ele a existência do Festival de Ópera e uma maior aproximação da orquestra que
dirige com setores populares.
Ponto
para o secretário de Cultura, Guilherme Reis, e para o governador Rodrigo
Rollemberg. Com a palavra, o maestro.
"A Orquestra vai seguir itinerante..."
ZecaBlog - Como você recebeu a
confirmação do seu nome para continuar regendo a Orquestra Sinfônica do Teatro
Nacional Cláudio Santoro?
Cláudio Cohen - Recebi com muita
satisfação a notícia da minha recondução ao cargo de Maestro da Orquestra Sinfônica
do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Secretário de Cultural Guilherme Reis.
Credito isso ao trabalho de aproximação junto ao público, da diversidade de repertório,
de ter dado itinerância à orquestra, bem como ter oferecido à sociedade novos
produtos, tais como o Festival de Ópera de Brasília, os concertos
Internacionais no Parque da Cidade, Musicais da Broadway e a Temporada de Balé,
tudo isso realizado ao longo dos últimos anos sob meu comando.
ZB) Quais os principais projetos
para esse novo período?
Cohen – Nos próximos anos,
pretendemos diversificar ainda mais a cesta de produtos oferecidos pela
orquestra com concertos populares, interação com outras manifestações culturais,
como o teatro e a dança. Vamos promover concertos didáticos para os estudantes.
Este ano, serão comemorados os 200 anos de nascimento de Dom Bosco. Pretendemos
realizar uma série de concertos no santuário Dom Bosco, com repertório clássico
e barroco, visando celebrar a memória do padroeiro de Brasília.
ZB) A orquestra vai continuar buscando o público de outras cidades e não
apenas do Plano Piloto? E o repertório? Continuará valorizando também a cultura
popular?
Cohen - A Orquestra pretende seguir
com sua itinerância atuando nas cidades de Brasília, sobretudo nos parques
espalhados pelo Distrito Federal, com um repertório que variará do Erudito ao
Popular.
ZB) Neste momento, qual é o grande desafio?
Cohen - São muitos os desafios. Entre
eles, posso citar a busca de uma autonomia financeira, por meio de uma Parceria
Público Privada, que nos permitirá avançar ainda mais de forma planejada e
profissional nos projetos para atender a sociedade. Faz-se necessário reequipar
a orquestra com compra de instrumentos, estantes e materiais de uso diário, que
estão em processo de deterioração, e ainda contratar os músicos aprovados no
concurso de 2014.
ZB) E o Festival de Ópera? Já existem planos para sua continuidade?
Cohen - Desde criação do Festival, em
2011, a ópera em Brasília vem se desenvolvendo de forma bem acentuada, conforme
visualizávamos no início da ação. E existem planos para a 5ª Edição do Festival
de Ópera de Brasília, no sentido de aproveitar as produções locais, que tiveram
êxito nos últimos anos. A ideia é fazer um Festival dedicado ao compositor W. Amadeus
Mozart, que compôs 22 Operas em sua curta vida. Vamos aguardar e torcer para
dar certo.
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