Caminhar
José Carlos Camapum Barroso
Ando como
posso
Pelas
ruas, descalço.
Ouvindo o
eco
Dos meus
passos...
Na
multidão, contido.
Nas
filas, cabisbaixo.
Sentindo
o peso
Dos meus
ombros.
Quando
sozinho,
Ouço uma
voz rouca.
Sinto que
gritei
Mais alto
que pude,
Acima das
montanhas.
Melhor,
só o silêncio
De noites
passadas
No mar de
angústias.
Maior, a
fome e a sede
Dos dias
que virão.
Como os
passos doem...
Como pernas
se curvam...
Na
imensidão dos tempos,
Uma
passada a mais
E o
presente, ausente,
Já ficou
para trás...
Andar
(sobre) passos
Traçados
pelo destino,
Espalhados
pelas aves
De
arribação.
Ando como
posso.
Uma mão
no peito,
Outra
sobre os olhos...
Passo a
cada passo.
A dor é
de saudade,
O sorriso
é de afeição.
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