Brasília é, há mais de quatro décadas, a cidade-minha. Aquela que escolhi pra estudar, trabalhar, morar, constituir uma família e viver em paz com os amigos. Brasília tem a capacidade de se internalizar na nossa alma e na forma de pensar e de agir de cada um de nós. Uma cidade que nos ajuda a projetar o futuro de forma ampla, traçado a partir de novos horizontes, com um visual moderno e um pensamento inclusivo. Talvez devamos isso ao seu desenho urbanístico e a sua ousadia arquitetônica, mas também ao que ela se propôs ao ser criada.
Quando aqui cheguei, em janeiro de 1973, Brasília era uma garota de quase 13 anos. Cheia de vitalidade, sonhos e esperanças. Os problemas maiores que cercam uma grande cidade ainda não se apresentavam de forma ostensiva, mas já davam os seus primeiros sinais, nas quadras, superquadras, eixos, vias e rodovias que desembocavam, cada vez mais, em novas cidades.
Foto de Ronaldo Silva |
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Amei o vídeo, mas sou suspeita, afinal sou mulher do poeta. Quanto à elegia feita no texto, concordo em parte, ou melhor, com quase tudo, gosto muito traçado urbanístico, que é imbatível em praticidade - facilita demais a vida do cidadão - adoro a arquitetura e, ao contrário das esnobes opiniões de jornalistas blasés, nunca me canso de admirar a beleza e leveza da obra de Niemeyer. Porém, penso que Brasília tem um timing na vida das pessoas, viver na condição de aposentado em Brasília deve ser asfixiante, pois a ausência de vida comunitária se faz sentir nesta fase da vida. Acho que a velhice em Brasília deve ser muito mais opressiva do que em outros lugares.
ResponderExcluirMuito legal!
ResponderExcluirLindo vídeo, lindo texto. Brasília me encanta e me entristece, há duas brasílias em cada esquina (que existe sim!)
ResponderExcluirValeu, amigo Carlos, por mais essa participação. Você sempre atento às coisas do blog.
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