Hoje é sábado da Aleluia e, no
calendário dos homens, dia consagrado à Verdade. Talvez seja porque a humanidade
acordou perplexa em busca de algo para se agarrar depois ter crucificado e
morto quem poderia salvá-la da imensa escuridão dos tempos. Um dia bom para se
buscar a verdade, depois de ter fechado olhos e ouvidos para tudo que o filho
de Deus mostrou e disse.
Nadine
Stair, escritora americana, escreveu um belíssimo poema sobre Instantes. Aos 85
anos, ela reflete sobre o que faria se “pudesse voltar a viver a minha vida”.
Um belo texto sobre um tema tão presente em nossa existência... o que faríamos
se voltássemos no tempo? O que fariam os homens se voltassem até aqueles dias
anteriores ao sábado da Aleluia de 2.021 anos atrás?
Os instantes são
esses elementos que compõem a nossa existência; e o da humanidade, também, ao
longo de anos, séculos e milênios.
Como hoje é sábado é
dia de poesia. Mais ainda quando é de Aleluia. Vamos aos poemas, eles falam
sobre todos esses temas...
Instantes
Nadine Stair
Se
eu pudesse novamente viver a minha vida,
na
próxima trataria de cometer mais erros.
Não
tentaria ser tão perfeito,
relaxaria
mais, seria mais tolo do que tenho sido.
Na
verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria
menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria
mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria
mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria
a mais lugares onde nunca fui,
tomaria
mais sorvetes e menos lentilha,
teria
mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu
fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e
profundamente cada minuto de sua vida;
claro
que tive momentos de alegria.
Mas
se eu pudesse voltar a viver trataria somente
de
ter bons momentos.
Porque
se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;
não
percam o agora.
Eu
era um daqueles que nunca ia
a
parte alguma sem um termômetro,
uma
bolsa de água quente, um guarda-chuva e um paraquedas e,
se
voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se
eu pudesse voltar a viver,
começaria
a andar descalço no começo da primavera
e
continuaria assim até o fim do outono.
Daria
mais voltas na minha rua,
contemplaria
mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se
tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas,
já viram, tenho 85 anos e estou morrendo.
José Carlos Camapum Barroso
Felicidade,
uma constante
Derivada
do instante
Que
se perde no infinito.
Ecoar
do próprio grito,
Na
imensidão da noite
Desperta
no alvorecer.
O
nascer e o renascer
De
quem viu a escuridão:
Um
dia, sim; outro, não.
Lusco-fusco
do entardecer,
De
repente, opõe à luz
Um
ser postado em cruz...
A
felicidade retorna... e vai.
O
dia passa, a noite cai,
Como
estrela cadente...
Como
recolher de passarinhos
Ao
ninho depois do último canto.
O
sereno encanto,
Da
felicidade ao amanhecer.
Como
o despertar do ser,
Na
dimensão do próprio grito,
Na
imensidão do Universo...
A
vida segue os versos
Da
eternidade do infinito.
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