domingo, 11 de abril de 2021

Tragédia do Realengo cai no esquecimento dez anos depois


Alguém se lembra do Massacre de Realengo? Como lembrar, em plena pandemia que já vitimou mais de 350 mil brasileiros, de uma tragédia que levou à morte 12 jovens, vítimas de uma ação insana de um rapaz de 23 anos de idade?

Neste mês de abril, essa tragédia está completando dez anos. A chacina ocorreu no dia 7 de abril de 2011, por volta das 8h30 da manhã, na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.

O rapaz invadiu a escola armado com dois revólveres calibre 38 e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze deles, com idade entre 13 e 16 anos, e deixando mais de treze feridos. O jovem, ao ser interceptado e baleado por policiais, cometeu suicídio.


Amigos e familiares das vítimas não conseguem se livrar da dor e do trauma deixado pela chacina.

No ano de 2015, um monumento em homenagem às doze crianças e adolescentes foi inaugurada numa praça, nos fundos do colégio. São 11 estátuas com o rosto de onze vítimas e uma estátua de uma borboleta, que representa a 12ª vítima (os pais pediram para não ser moldado o rosto da filha).

As grandes tragédias acontecem no Brasil, mas, rapidamente, caem no esquecimento. O crime causou comoção nacional e teve ampla repercussão internacional. Na época, chocado com a dimensão desse acontecimento, escrevi alguns versos, como uma forma de homenagear principalmente as mães daqueles garotos e garotas.

Neste ano, que a tragédia completa dez anos, fiz esse vídeo abaixo em homenagens a todas as vítimas, seus familiares e amigos.

Resgato o poema com a esperança de ajudar a refrescar nossa memória, e não deixar que essas tragédias simplesmente caiam no esquecimento. Uma década apenas, mas, tenho certeza, já escapou da memória de muita gente.

Um comentário:

  1. Lindo poema Zezão!
    Muito oportuna a lembranca. Não podemos esquecer dos riscos do uso de armas por pessoas despreparadas. Ontem, no Itapoã, uma criança foi vítima de bala perdida enquanto o governo, alheio a tanta dor, debate a flexibilizaçao cada dia maior para a aquisição e o porte de armas.

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