Alguém
se lembra do Massacre de Realengo? Como lembrar, em plena pandemia que já
vitimou mais de 350 mil brasileiros, de uma tragédia que levou à morte 12
jovens, vítimas de uma ação insana de um rapaz de 23 anos de idade?
Neste mês de abril, essa tragédia está completando dez anos. A chacina ocorreu no dia 7 de abril de 2011, por volta das 8h30 da manhã, na Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no bairro de Realengo, na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro.
O rapaz invadiu a escola armado com dois revólveres
calibre 38 e começou a disparar contra os alunos presentes, matando doze
deles, com idade entre 13 e 16 anos, e deixando mais de treze feridos. O jovem,
ao ser interceptado e baleado por policiais, cometeu suicídio.
Amigos e familiares das vítimas não conseguem se livrar da dor e
do trauma deixado pela chacina.
No ano de 2015, um monumento em
homenagem às doze crianças e adolescentes foi inaugurada numa praça, nos fundos
do colégio. São 11 estátuas com o rosto de onze vítimas e uma estátua de uma
borboleta, que representa a 12ª vítima (os pais pediram para não ser moldado o
rosto da filha).
As grandes tragédias acontecem no
Brasil, mas, rapidamente, caem no esquecimento. O crime causou comoção nacional
e teve ampla repercussão internacional. Na época, chocado com a dimensão desse
acontecimento, escrevi alguns versos, como uma forma de homenagear
principalmente as mães daqueles garotos e garotas.
Neste ano, que a tragédia completa dez
anos, fiz esse vídeo abaixo em homenagens a todas as vítimas, seus familiares e
amigos.
Resgato o poema com a esperança de ajudar a
refrescar nossa memória, e não deixar que essas tragédias simplesmente caiam no
esquecimento. Uma década apenas, mas, tenho certeza, já escapou da memória de
muita gente.
Lindo poema Zezão!
ResponderExcluirMuito oportuna a lembranca. Não podemos esquecer dos riscos do uso de armas por pessoas despreparadas. Ontem, no Itapoã, uma criança foi vítima de bala perdida enquanto o governo, alheio a tanta dor, debate a flexibilizaçao cada dia maior para a aquisição e o porte de armas.