Mais de quatro mil versos do Padre José de Anchieta, escritos nas areias de Iperoig, em Ubatuba, venceram o tempo, a ação do vento e das ondas do mar. Estão vivos até hoje e fazem parte da nossa cultura, da qual Anchieta foi o precursor literário.
Neste 9 de junho, Dia do Anchieta, foram completados exatamente 424 anos da morte desse português das Ilhas das Canárias. Anchieta escreveu cartas, sermões, poesias, peças de teatro e uma gramática da língua Tupi, a mais falada do litoral brasileiro. Participou das fundações das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro e recebeu diversos títulos pela sua participação no processo da colonização brasileira, inclusive o de Apóstolo do Brasil.
Pouco antes de sua visita ao Brasil, no ano de 1980, o Papa João Paulo II anunciou oficialmente a beatificação do Padre José de Anchieta.
Este blog, voltado para a área cultural e jornalística, não poderia deixar de render suas homenagens a esse poeta que também dedicou boa parte de sua vida à música. Anchieta está na raiz da nossa cultura. Neste mês de junho, além dos 424 anos de sua morte, também fazem 41 anos desde a sua beatificação.
Seguem alguns dos belos e eternos versos de Anchieta:
"Eis
os versos que outrora, Ó mãe Santíssima,
te
prometi em voto,
enquanto
entre Tamois conjurados,
pobre
refém, tratava as suspiradas pazes,
tua
graça me acolheu
em
teu materno manto
e
teu poder me protege intactos corpo e alma."
(trecho do Poema da Bem Aventurada Virgem Maria,
do Padre José de Anchieta).
A
Santa Inês
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha
santa,
de Jesus querida,
vossa santa vinda
o diabo espanta.
Por isso vos canta,
com prazer o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.
Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura. (...)
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