José Carlos Camapum Barroso
Fim de ano é roupa branca,
Alma limpa e coração aberto,
O amor de sempre por perto
E um pipocar de esperanças.
Champanhe explode no ar
E os fogos em artifícios
Colorem o céu de ilusões...
Risos e abraços nos salões
Gritos e choros pelas calçadas
Cobertas de lágrimas e suor,
Papel picado e latas de cerveja...
Passa a noite, some a lua...
E os primeiros raios de sol
Trazem o ano novo pra rua.
Garis fantasiados de homens
Varrem restos de alegria.
O bar se fecha, abre a padaria.
Os jornais chegam mais cedo
A estampar notícias velhas
E as previsões de sempre.
Ano ruim, mas este será bom!
O ano acabou... O mundo, não
O mundo...? Vasto mundo.
E eu nem me chamo Raimundo...
Muito menos, Drummond.
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