Quem não gosta de agitação, rebuliço,
efervescência...? Imagina tudo isso com muito ritmo, musicalidade de sobra e um
colorido que salta aos olhos. Claro que estou falando do nosso querido e amado
frevo. O ritmo que não é apenas pernambucano, tornou-se brasileiro, patrimônio
nacional. Ele é tão bom e importante que é comemorado duas vezes no ano. Uma no
dia 14 de setembro, nacionalmente, e outra no dia de hoje, 9 de fevereiro, no
Recife.
O frevo surgiu na capital pernambucana
lá pelo final do século XIX, mas, a primeira referência oficial ao ritmo e à
música, foi publicada em 1908, na edição do dia 12 de fevereiro, do Jornal
Pequeno, um vespertino pernambucano que tinha na época a melhor seção referente
ao Carnaval. Rapidamente foi ganhando o gosto popular e ocupando espaço,
principalmente nas ruas de Recife e Olinda.
Ritmo quente, acelerado, a palavra
frevo vem de ferver, a partir da corruptela frever. O frevo-de-rua
é o mais popular, que agita o público quando toca a música Vassourinhas,
de Matias da Rocha, que postei abaixo na interpretação da Orquestra Tabajara.
Esse tipo de frevo não tem letra e os instrumentos que predominam são os
metálicos.
O frevo-canção surgiu nas últimas décadas do século passado, valorizando mais a melodia e introduzindo letras. É nesse período que surgem compositores excepcionais como Nelson Ferreira, Capiba e Alex Caldas. Valorizando a letra, também surgiu o frevo-de-bloco, com destaque para a belíssima Evocação nº 1 de Recife, de Nelson Ferreira, abaixo com Os Batutas de S. José.
A dança é muito bonita e animada. As
roupas coloridas e a presença marcante da sombrinha dão um charme todo
especial. A alegria do frevo é contagiante. Não podíamos deixar passar em
branco esse dia muito especial para o povo pernambucano, e para todos os
brasileiros. Viva o Frevo!
Ah, sim! Como eu acho que é pouco demais comemorar o
frevo em apenas dois dias do ano, vou propor que seja criado o mês do frevo.
Que tal?
Nenhum comentário:
Postar um comentário