A
ideia de homenagear o escritor no dia 25 de julho surgiu, no Brasil, no ano de
1960, durante o I Festival do Escritor, organizado pela União Brasileira de
Escritores, presidida por João Peregrino Júnior e Jorge Amado. No âmbito
internacional, essa homenagem ocorre no dia 13 de outubro.
De
lá pra cá, foram mais de seis décadas referenciando todos aqueles que se
dedicam às palavras escritas, sejam com textos científicos ou fictícios, fazendo
uso de habilidade e criatividade para entreter e informar leitores.
Uma
data também significativa para refletirmos sobre as dificuldades enfrentadas
pelos escritores, seja em razão da censura e de perseguições impostas pelo
Estado, seja pela falta de investimentos, incentivos e reconhecimento por parte
dos governantes de plantão, até a questões legais, como os direitos
autorais.
É
também importante para ações que visem valorizar a literatura nacional e
incentivar a leitura de obras brasileiras. Bibliotecas e editoras devem
aproveitar o dia de hoje para divulgar os clássicos da nossa literatura e
apresentar obras contemporâneas de autoras e autores consagrados e de novos
talentos. Nas escolas, uma boa oportunidade para enaltecer a cultura
brasileira, divulgando obras e informações sobre escritoras e escritores brasileiros.
Os
primeiros escritos começaram ainda na pré-história, quando os homens faziam
desenhos nas cavernas como uma maneira de se comunicar. Eram as chamadas
pinturas rupestres, que
transmitiam desejos e necessidades desses povos. A
escrita sistematizada surgiu por volta de 4.000 anos a.C., com os sumérios, na
Mesopotâmia, onde hoje fica o Iraque. Eles desenvolveram a escrita cuneiforme,
usando argila e cunha para registrar o cotidiano por meio de desenhos, feitos
em placas de barro.
Mais
perto de nós, os primeiros registros foram encontrados na América Central, engenho e arte dos Maias e Astecas, utilizando a escrita nahuatl, a partir do século XIII. Os
europeus, ao invadirem e conquistarem essa região, destruíram boa parte dos seus
documentos escritos. A escrita desses povos ainda não foi totalmente decifrada
pelos pesquisadores.
Nosso primeiro texto escrito é a Carta de Caminha, em que Pero Vaz de Caminha narra ao rei de Portugal as características da terra recém-descoberta, documento conhecido como o “registro de nascimento” do Brasil. Depois vieram tratados, novas cartas, até os célebres versos do Padre Anchieta nas areias de Ubatuba, em São Paulo.
João
Cabral de Melo Neto, um dos maiores poetas da nossa literatura, dizia que “escrever
é estar no extremo de si mesmo”. O que era, de certa forma, corroborado por
Carlos Drummond de Andrade, nosso poeta maior, que se referia assim: “Escritor:
não somente uma maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade
de as ver de qualquer outra maneira”.
Parabéns a todos os escritores e escritoras que tanto enriqueceram a cultura brasileira. O ZecaBlog
rende suas homenagens a todos os Jorge, Amado; aos Guimarães, Rosas; aos
Graciliano, Ramos; aos Manoel, Bandeira; a todas as Maria Carolina de, Jesus;
às Ruth, Rocha; porque sempre foram Machado, Cruz e sempre serão Veríssimos,
mesmo quando Ariano, de Hollanda e de Aquino, eternamente brasileiros.
Viva o escritor!
Que legal o texto educativo e bem humorado ... Como uma comemoração... Parabéns aos escritores e seu dia!
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