Este
domingo (17/7) é dedicado a comemorações do Dia da Proteção às Florestas no
Brasil. Em razão da destruição maciça das nossas florestas no governo do presidente
Bolsonaro, o que se constata é que não temos nada a comemorar. Muito pelo
contrário, deve ser um dia dedicado ao protesto, discurso e ações em defesa do
Meio Ambiente, tão maltratado nos últimos 3 anos e meio.
A
destruição de áreas de floresta na Amazônia continua apresentando índices
alarmantes. Segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia (Ipam), no período de agosto
de 2018 a julho de 2021, o desmatamento no bioma aumentou 56,6% em
relação ao mesmo período em anos anteriores. O Pará segue
como o estado que possui as áreas mais críticas de desmatamento desde
2017.
Para o Ipam, o avanço do desmatamento na Amazônia
ficou mais evidente a partir da gestão do presidente Jair Bolsonaro, eleito em
2018, por meio do enfraquecimento de órgãos de fiscalização, falta de punição a
crimes ambientais e redução significativa de ações imediatas de combate e
controle de atividades ilegais na região.
Esta semana que se inicia precisa ser
dedicada à proteção dos nossos recursos naturais, em especial às florestas
brasileiras. O Dia de Proteção às Florestas, comemorado hoje (17),
O Curupira, menino de cabelos longos e
vermelhos, tipo fogo, tem os pés virados para trás para despistar os caçadores.
A lenda é de origem indígena, mas virou parte do imaginário popular em todo o
território nacional - e tornou-se peça importante no aprendizado sobre a
preservação ambiental.
As crianças precisam conhecer a lenda
do Curupira. Na cultura popular brasileira, a proteção das florestas é
personificada nessa figura mística, um espírito mágico que habita as florestas
e ajuda a protegê-la da invasão e ataque de pessoas má intencionadas. Por este
motivo, o dia 17 de julho também é considerado o Dia do Curupira, o “protetor
das florestas”.
Com o objetivo de ajudar nesse projeto
de conscientização da importância de preservamos nossas florestas, o ZecaBlog
publica, abaixo, um trecho do Música Animada, que foi ao ar na TV Brasil,
em que a banda Roni e As Figurinhas apresenta uma canção sobre o Curupira.
Esta data tem o objetivo de
conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação das florestas - lar
de inúmeras espécies de animais e plantas - para a qualidade de vida da
humanidade. O Brasil abriga importantes áreas para a preservação ambiental do
mundo: a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica.
É importante conhecermos e divulgarmos algumas
ações simples que podem ajudar cada indivíduo a colaborar para a proteção das
florestas e do meio ambiente:
Usar produtos feitos com madeiras de reflorestamento, normalmente identificadas com um selo ou certificado;
Não colocar fogo em matas;
Não jogar lixo no meio ambiente;
Dar sempre prioridade aos papéis
recicláveis;
Não jogar cigarros ou objetos em combustão em florestas, por exemplo.
Enquanto as florestas brasileiras
tentam, desesperadamente, sobreviver ao ferro e ao fogo das máquinas e das
queimadas, é de bom alvitre relembrar Castro Alves – um dos mais belos poetas
da literatura brasileira.
O melhor mesmo a fazer, nessas horas, é valorizar o Dia de Proteção das Florestas, rezar pra São Curumim, ouvir uma
boa música e recitar versos de Castro Alves. Quem sabe o vento muda e a
história toma rumo novo.
A queimada
Castro Alves
Meu
nobre perdigueiro! vem comigo.
Vamos a sós, meu corajoso amigo,
Pelos ermos vagar!
Vamos lá dos gerais, que o vento açoita,
Dos verdes capinais n'agreste moita
A perdiz levantar!...
Mas
não!... Pousa a cabeça em meus joelhos...
Aqui, meu cão!... Já de listrões vermelhos
O céu se iluminou.
Eis súbito da barra do ocidente,
Doudo, rubro, veloz, incandescente,
O incêndio que acordou!
A
floresta rugindo as comas curva...
As asas foscas o gavião recurva,
Espantado a gritar.
O estampido estupendo das queimadas
Se enrola de quebradas em quebradas,
Galopando no ar.
E
a chama lavra qual jibóia informe,
Que, no espaço vibrando a cauda enorme,
Ferra os dentes no chão...
Nas rubras roscas estortega as matas...,
Que espadanam o sangue das cascatas
Do roto coração!...
O incêndio — leão ruivo, ensangüentado,
A juba, a crina atira desgrenhado
Aos pampeiros dos céus!...
Travou-se o pugilato... e o cedro tomba...
Queimado..., retorcendo na hecatomba
Os braços para Deus.
A
queimada! A queimada é uma fornalha!
A irara — pula; o cascavel — chocalha...
Raiva, espuma o tapir!
...E às vezes sobre o cume de um rochedo
A corça e o tigre — náufragos do medo —
Vão trêmulos se unir!
Então
passa-se ali um drama augusto...
N'último ramo do pau-d'arco adusto
O jaguar se abrigou...
Mas rubro é o céu... Recresce o fogo em mares...
E após... tombam as selvas seculares...
E tudo se acabou!...
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