quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Borboletando vira poema e ganha asas na imaginação coletiva

Foto de Carlos Terrana

Um sonho! Uma verdadeira obra de arte, no sentido mais amplo, que contempla não apenas a beleza plástica, mas, também, toda a riqueza do processo criativo, com a interação de pessoas diferentes, num resultado cuja soma é muito mais que uma multiplicação. Assim é esse projeto Borboletando que está em exposição no Museu de Arte de Brasília até o dia 28 de fevereiro de 2024, coordenado pelo artista plástico Flávio Marzadro e pela ceramista Geuza Joseph.

Minha identificação com o projeto foi tão grande que tive inspiração para escrever um poema (veja a arte abaixo, editada pelo publicitário Marco Antônio Soares Júnior), numa tentativa de retratá-lo, de alguma forma, e, ao mesmo tempo, colaborando na sua ampla e irrestrita divulgação.

Foto de Carlos Terrana

Chamou-me a atenção o fato de as oficinas terem sido pensadas como um espaço de troca, no qual os participantes foram acolhidos e convidados a explorar sua criatividade, brincando com o barro. Livres para criar, crianças, jovens e adultos, portadores de deficiências, deram origem a sonhadoras borboletas de cerâmica, imprimindo rendas, na argila branca, com texturas únicas, cada uma diferente da outra, refletindo a singularidade de cada ser.

Na etapa seguinte, depois de criadas, antes de alçarem seus voos na escultura, as borboletas foram para a “biscoitagem”, processo de queima do barro, conduzido pela ceramista. Após serem queimadas, elas seguiram para a esmaltagem, processo que também contou com as mãos arteiras das crianças. Por fim, mais uma queima e, brilhantes, foram fixadas à estrutura da obra, uma a uma, num minucioso trabalho. E pronto, o voo de pensamentos borboletas de centenas de crianças toma sua forma e agora chega à exposição, despertando e estimulando a imaginação coletiva.

Foto de Carlos Terrana

Os artistas Geusa e Flavio explicam que cada borboletinha ali exposta é superação, e carrega ideias e possibilidades. Segundo eles, das oficinas ao passeio ao Museu, para verem suas borboletas na escultura, Borboletando reside na memória afetiva de todas e todos que participaram. “Somos eternamente gratos aos coartistas, ao corpo docente das escolas, às equipes do MAB, do Educativo Mediato, aos parceiros, fornecedores e à nossa equipe nota 10. Juntos realizamos, transformamos e alçamos esse incrível voo", declaram.

Arte de Marco Antonio Soares Jr. em foto de Carlos Terrana

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