Caetano Emanuel Viana Teles Veloso é o nosso conhecido, popular e admirado Caetano Veloso, que neste domingo, 07 de agosto de 2011, faz 69 anos de idade. Sua carreira artística é vibrante, intensa, cheia de polêmicas e alegrias. Desde criança, sua existência está voltada para o mundo das artes. Ainda pequeno, em Santo Amaro da Purificação, gostava de rádio, cinema, música e pintura.
Sua mãe, Dona Canô, que está hospitalizada desde terça-feira e deve receber alta hoje, incentivava o filho ensinando-lhe o baião de Luiz Gonzaga e o samba de Dorival Caymmi. O pai, homem simples, funcionário do Correios e Telégrafos, comprava cavaletes para que o filho pintasse.

Na faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia faz amizade com alguns dos futuros participantes do movimento tropicalista. Seu lado polêmico o coloca no centro das discussões de política, cinema e música. É um momento efervescente da cultura brasileira, com João Gilberto na bossa-nova e Glauber Rocha ensaiando os primeiros passos rumo ao Cinema Novo. A Bahia estava dentro do furacão artístico.
Entre idas e vindas para o Rio de Janeiro, Caetano começa a participar de festivais, grava seu primeiro disco e entra definitivamente na carreira de cantor e compositor da Música Popular Brasileira. Tem uma extraordinária sensibilidade poética e passa a ser um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da nossa poesia-música ou música-poesia.
Dos festivais para o tropicalismo a passagem é rica em trabalhos criativos, mas cercados de muita polêmica, principalmente com o público jovem universitário, que preconceituosamente só enxergava valores artísticos nas canções de protesto. Caetano, Gilberto Gil, Tom Zé, Torquato Neto, Jorge Mautner, Rogério Duprat e Júlio Medaglia rejeitam os clichês e apostam na mistura da riqueza cultural brasileira. É dessa época o maravilho disco Panis et circensis, com a participação de Nara Leão.
Os anos duros da ditadura militar levam Caetano Veloso e Gilberto Gil para o exílio, em Londres. São dessa fase a belíssima London, London e a interpretação antológica de Asa Branca, enriquecida pela alusão metafórica à seca que levou o artista à Inglaterra. É também dessa época a interessante homenagem que recebeu de Roberto Carlos em Debaixo dos Caracois dos Seus Cabelos.

O melhor presente para Caetano Veloso neste domingo, dia do seu 69º aniversário, é o restabelecimento da saúde de Dona Canô (foto). Torcemos por sua volta ao lar em paz e com aquele sorriso centenário.
Nós, fãs de carteirinha de Caetano Veloso, podemos ficar por aqui admirando a beleza de Alegria, Alegria, na interpretação dele com o rei Roberto Carlos. E também a interpretação ao vivo de Caê para a antológica homenagem a São Paulo, Sampa. Bom domingo.
Primeiramente parabéns pelo seu cantinho cultural. Apreciei Caetano, Jackson do Pandeiro, Noel Rosa e ainda não vasculhei os demais.
ResponderExcluirTenho um espaço, onde nas minhas horas vagas, pesquiso sobre a trajetória carnavalesca, samba e derivados, e venho por meio desta lhe convidar a ter o CANTINHO DO ZECA, onde uma vez por semana (ou como preferir) você mostraria seus textos sobre o tema.
Agradeço antecipadamente sua atenção e fico no aguardo.
Lilian Cristina Marcon
CarnAxE
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