quarta-feira, 22 de novembro de 2023

MAB expõe Borboletando, uma arte coletiva especial

Uma obra de arte coletiva, construída por crianças, jovens e adultos com deficiências, está em exposição a partir de hoje (22) até o dia 28 de fevereiro de 2024, no Museu de Arte de Brasília (MAB). A obra chama-se Borboletando, tem três metros de altura, formada por mil borboletas de cerâmica e foi montada com muito amor, aprendizado e troca, com a participação e coordenação do artista plástico Flávio Marzadro e da ceramista Geuza Joseph.

O projeto tem o objetivo de dar acolhimento às diversidades, incluindo no fazer artístico pessoas com deficiências, seja por comorbidades, mobilidade ou neuro divergências. Para o lançamento de Borboletando, aberto à população, está confirmada a presença dos participantes do projeto, ou seja, dos coautores da obra de arte, no período de 22 a 27 de novembro.

Os artistas Geusa e Flavio (foto acima) explicam que cada borboletinha ali exposta é superação, e carrega ideias e possibilidades. Segundo eles, das oficinas ao passeio ao Museu, para verem suas borboletas na escultura, Borboletando reside na memória afetiva de todas e todos que participaram. “Somos eternamente gratos aos coartistas, ao corpo docente das escolas, às equipes do MAB, do Educativo Mediato, aos parceiros, fornecedores e à nossa equipe nota 10. Juntos realizamos, transformamos e alçamos esse incrível voo", declaram.

O resultado que o público poderá conferir no MAB até 28 de fevereiro de 2024 foi desenvolvido ao longo de 22 oficinas ministradas por Geusa e Flavio em cinco escolas públicas do Distrito Federal: CEE 01 Gama, CEE 01 Planaltina, CEAL-LP, CEEDV, Escola Bilingue de Taguatinga e ainda no projeto De Olho no Lance. Entre 25 e 29 de setembro, acompanhados de monitores para PCD e acessibilidade para PCDA e PCDV, os 250 participantes foram iniciados nas técnicas da cerâmica, o que permitiu a eles darem forma às suas borboletas e se tornarem coautores da obra. Munidos de coragem e bom humor, superaram dificuldades e, em meio a festejos, sorrisos e palmas, lindas borboletas foram nascendo, literalmente criando asas e carregando junto o esforço e a capacidade criatividade de cada um.

Processo criativo – As oficinas foram pensadas como um espaço de troca onde os participantes foram acolhidos e convidados a explorar sua criatividade, brincando com o barro. Livres para criar, deram origem a sonhadoras borboletas de cerâmica, imprimindo rendas, na argila branca, com texturas únicas, cada uma diferente da outra, refletindo a singularidade de cada ser. Uma vez criadas, antes de alçarem seus voos na escultura, as borboletas foram para a “biscoitagem”, processo de queima do barro, conduzido por Geusa. Queimadas, seguiram para a esmaltagem, processo que também contou com as mãos arteiras das crianças. Por fim, mais uma queima e, brilhantes, foram fixadas à estrutura da obra, uma a uma, num minucioso trabalho.  E pronto, o voo de pensamentos borboletas de centenas de crianças toma sua forma e agora chega à exposição.


Ficha Técnica:
Coordenação Artística e Ceramista Oficineira: Geusa Joseph
Artista plástico e Oficineiro: Flavio Marzadro
Coordenação de Produção e Gestão: Cláudia Andrade/Aquela Empresa
Designer: Alyssa Volpini
Assessoria de Imprensa: Clara Camarano
Mídias Sociais: Geanne Mendes
Fotógrafa: Samyz Crulz
Videomaker: Daniel Oliveira
Acessibilidade para PCDA - Patrícia Albuquerque e Juliette Diolinda
Acessibilidade para PCDV: Clarissa Barros e Gabriela Passos
Monitoras(es) para PCDs: Adriana Machado, Ingrid Lopes, Lucas de França e Roberto Deusdará
Assistentes de produção:  Cely Madeira, Julia Joseph e Violeta Andrade
Ceramista da queima esmaltação: Mira Lucas
Cenotécnicos: Adelson Junior e Jessica Pereira
Diretor do MAB: Marcelo Jorge
MAB Educativo: Mediato
 
Serviço:
Borboletando
Museu de Arte de Brasília
De 22 de novembro 2023 a 28 de fevereiro 2024

2 comentários:

  1. Este tipo de trabalho é único tenho dois filhos PCDs e sei o quanto a arte os envolve, aqui no nosso caso a música é o instrumento lúdico que envolve as crianças. Caramba esse projeto é muito especial, e deveria servir de modelo para inclusão, em especial nas escolas públicas.

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    1. Caro Rodrigo, também fiquei entusiasmado com esse projeto. Ele é muito especial, inteligente e criativo. Vou escrever mais vezes sobre ele. Obrigado pela participação aqui no blog.

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