Segredos
José Carlos Camapum Barroso
Meus
amores são de prata
Tirados do fundo de um baú
De madeira envelhecida,
Enegrecida pelos anos.
No fundo do baú, uma foto,
Em branco e preto, revela
Segredos inconfessáveis
De uma memória frágil...
Rasga o tempo em véu
De nuvens passageiras.
Lembra que a luz do céu
São estrelas derradeiras.
O sol, quando amanhece
O dia, é luz que ofusca
Toda certeza do amanhã.
Há no baú um último selo
De uma coleção perdida.
Olho de Boi arregalado,
Assustado pela ingratidão.
O tempo passa no baú,
Como passam os dias,
As noites, tempestades...
E até o badalar dos sinos
Passa, pela igrejinha,
Catedrais e seus vitrais...
Sob o peso da tampa,
Não nos cabemos mais...
Nossos sonhos, inflados,
Querem habitar o universo,
Espaço de uma luz divina
Que ilumina outros segredos...
Lindo!!!!
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