Muito
já se falou sobre a morte do poeta. Principalmente, muito se disse, e não sem
razão, que os poetas nunca morrem. Sua obra resiste à temporalidade da
existência e o mantém vivo pra todo o sempre. Homero vive até os dias de hoje. Shakespeare,
Camões, Baudelaire, Fernando Pessoa e tantos outros talentos das palavras e dos
versos, nunca morreram e jamais morrerão.
Otto Lara Rezende, além de um extraordinário escritor, foi um dos mais importantes cronistas da literatura brasileira. Pesquisando sobre o tema “quando morre um poeta”, descobri essa bela crônica do Otto, publicada em 1992. Uma maneira leve e inteligente de falar sobre a morte. Confiram:
Publico,
a seguir um poema de minha autoria sobre a morte de um poeta. Também, dois
vídeos de músicas que tratam do tema. Acho que o assunto está adequado para o
dia de hoje, um Sábado Santo, em que a humanidade aguarda a ressurreição do Salvador. Viva os poetas! Saudemos a vida!
José Carlos Camapum Barroso
Quando os poetas morrem,
Lágrimas do céu escorrem
Por esse mundo de Deus...
As flores se despetalam
Até os pássaros se calam,
Silenciam os cantos seus...
A lua e o sol, entristecidos
O brilho e a luz amortecidos
No eclipse infindo de Zeus
A terra treme, e o mar
Faz a onda misturar
Areias e espumas em véus
Quando os poetas morrem
Palavras frágeis escorrem
Por versos que não são meus...
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