sábado, 8 de abril de 2023

Sábado Santo e por que os poetas não morrem nunca

Muito já se falou sobre a morte do poeta. Principalmente, muito se disse, e não sem razão, que os poetas nunca morrem. Sua obra resiste à temporalidade da existência e o mantém vivo pra todo o sempre. Homero vive até os dias de hoje. Shakespeare, Camões, Baudelaire, Fernando Pessoa e tantos outros talentos das palavras e dos versos, nunca morreram e jamais morrerão.

Otto Lara Rezende, além de um extraordinário escritor, foi um dos mais importantes cronistas da literatura brasileira. Pesquisando sobre o tema “quando morre um poeta”, descobri essa bela crônica do Otto, publicada em 1992. Uma maneira leve e inteligente de falar sobre a morte. Confiram:

Publico, a seguir um poema de minha autoria sobre a morte de um poeta. Também, dois vídeos de músicas que tratam do tema. Acho que o assunto está adequado para o dia de hoje, um Sábado Santo, em que a humanidade aguarda a ressurreição do Salvador. Viva os poetas! Saudemos a vida!


A morte de um Poeta
José Carlos Camapum Barroso
 
Quando os poetas morrem,
Lágrimas do céu escorrem
Por esse mundo de Deus...
 
As flores se despetalam
Até os pássaros se calam,
Silenciam os cantos seus...
 
A lua e o sol, entristecidos
O brilho e a luz amortecidos
No eclipse infindo de Zeus
 
A terra treme, e o mar
Faz a onda misturar
Areias e espumas em véus
 
Quando os poetas morrem
Palavras frágeis escorrem
Por versos que não são meus...

 

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