Alguém aí sabia que se
comemora hoje, 24 de novembro, o Dia Nacional dos Rios? Confesso que descobri isso
ontem, véspera de uma comemoração tão significativa quanto desconhecida. Pouco
coisa existe no campo virtual referente a essa data. No plano real... pior ainda.
Ninguém sabe, ninguém nunca ouviu falar. Nada nos meios de comunicações, muito
menos programação oficial para marcar esse dia.
Justamente num ano em que as
tragédias em torno dos nossos rios tornaram-se assustadoras. O Rio Doce, que
tem uma bacia ampla e rica de pesca e turismo em Minas Gerais e Espírito Santo,
simplesmente foi varrido do mapa por uma enxurrada de lama tóxica despejada da
barragem da mineradora Samarco, em Mariana. Isso sem falar, que antes disso, a
foz do delta norte do Rio Doce assoreou tanto que não atingia o mar.
Também este ano, afluentes
do Rio São Francisco, aquele responsável pela integração nacional, secaram pela
primeira vez na história. Afluentes como Jequitaí, Pacuí, Guavinipã, São
Domingos, Juramento e o Córrego do Onça pedem socorro!
O que dizer então do velho e
conhecido rio Tietê, que atravessa quase todo o estado de São Paulo, numa
extensão de 1.100 quilômetros? Nasce a 96 quilômetros da capital paulista e a
22 quilômetros do oceano Atlântico. Mas, por vocação arredia, não corre para o
mar, mas sim em direção ao Rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Pode
ser considerado o rio da integração paulista, mas transborda literalmente
poluição pelas duas margens.

No último mês de setembro,
espumas do Tietê transbordaram pra ruas e avenidas de algumas cidades do
interior. Segundo dados do SOS Mata Atlântica, a área de poluição desse rio
saltou de 71 para 157 quilômetros em um ano. Só em 2014, a poluição no Tietê
matou mais de 40 toneladas de peixes. Projeto de despoluição anda na velocidade
proporcionalmente inversa ao avanço da poluição. Existe há 23 anos, já consumiu
US$ 2,65 bilhões, mas os resultados são pífios.
Outros rios, como o Iguaçu no Paraná, o velho e importante Ipojuca de Pernambuco, os rios dos Sinos, Gravataí e Caí, no Rio Grande do Sul, assim como o Rio das Velhas, em Minas Gerais, e tantos outros Brasil afora, estão em estado terminal, aguardando uma solução milagrosa. O Rio Piracicaba, da imortal canção Rio de Lágrimas, de Tião Carreiro e Pardinho, está chorando suas mágoas de tanta poluição causada pela mineração, esgotos e assoreamentos. E o Rio Araguaia, do meu querido estado de Goiás, sofre com a destruição de suas matas ciliares, que causam um assoreamento assustador.
Os rios fazem parte da nossa cultura, da memória dos nossos tempos de criança. Estão intimamente vinculados à vida dos ribeirinhos, dos pescadores e das cidades cortadas por suas águas. Como imaginar as belas e históricas cidades de Pirenópolis e de Goiás Velho, sem os rios Das Almas e o Vermelho? Ambos também pedem socorro.
Outros rios, como o Iguaçu no Paraná, o velho e importante Ipojuca de Pernambuco, os rios dos Sinos, Gravataí e Caí, no Rio Grande do Sul, assim como o Rio das Velhas, em Minas Gerais, e tantos outros Brasil afora, estão em estado terminal, aguardando uma solução milagrosa. O Rio Piracicaba, da imortal canção Rio de Lágrimas, de Tião Carreiro e Pardinho, está chorando suas mágoas de tanta poluição causada pela mineração, esgotos e assoreamentos. E o Rio Araguaia, do meu querido estado de Goiás, sofre com a destruição de suas matas ciliares, que causam um assoreamento assustador.
Os rios fazem parte da nossa cultura, da memória dos nossos tempos de criança. Estão intimamente vinculados à vida dos ribeirinhos, dos pescadores e das cidades cortadas por suas águas. Como imaginar as belas e históricas cidades de Pirenópolis e de Goiás Velho, sem os rios Das Almas e o Vermelho? Ambos também pedem socorro.
Um pouco de música e a visão
romântica sobre os nossos rios tradicionais...
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