sexta-feira, 9 de junho de 2023

Prêmio Profissionais da Música se despede e promete mais

Gustavo conduz Lia ao palco (Foto Paulo Pepe)

Com o propósito da valorização de toda a cadeia criativa e produtiva da música, o Prêmio Profissionais da Música (PPM), tradicionalmente realizado na capital do país, despediu-se da 7ª edição no domingo 4 de junho. Reservado para o final, o Festival A Parada da Música garantiu o congraçamento entre os envolvidos, com nada menos que seis horas de apresentações musicais no Museu Nacional da República. Na ocasião, subiram ao palco Márcio Moreira (RJ), Crônica Mendes, 50 Tons de Pretas (RS), Claudia Castelo Branco (RJ), que aqueceram o público para as apresentações principais. Os shows de Renato Matos (DF) e Lia de Itamaracá (PE), dois dos homenageados, foram especialmente emocionantes. O auditório do museu fez coro para um dos “hinos” da cultura brasiliense “Um telefone é muito pouco para quem ama como louco e mora no Plano Piloto”. E Lia fechou a noite colocando todo mundo para cirandar. 

Homenageados Juarez, Lia e Renato (Foto Paulo Pepe)

Ao longo da premiação (confira aqui a lista dos vencedores) mais abrangente do Brasil, com 176 categorias subdividas nas modalidades Criação, Produção, Convergência e Educação, os participantes puderam conferir uma ampla programação com feira literária, tardes de autógrafos, painéis, entrevistas, palestras, workshows, laboratório de gravação musical, e, claro, música. Marcando o início do evento, uma cerimônia realizada na Câmara Legislativa do Distrito Federal, reconheceu a importância dos profissionais da música presentes com uma Moção de Louvor. 

Na composição da mesa, o deputado distrital Gabriel Magno, anfitrião da noite; Gustavo Vasconcellos, idealizador do PPM; os homenageados Lia de Itamaracá, Renato Matos, Juarez Fonseca e Goretti França, em nome do irmão Chico Science, e a deputada federal Érika Kokay. Em suas falas, manifestaram-se a partir da temática do PPM, ressaltando a importância da cultura na construção da identidade brasileira e defesa da democracia. 

Foto Paulo Pepe

“Tudo passa pela cultura. Ela está na base de quem somos como indivíduos e povo. Então, ao abordar o tema reconstrução, depois de anos tão duros para a classe artística, lançamos luz sobre a cultura popular através da contribuição e legado de nossos homenageados”, afirmou Gustavo Vasconcellos.  

Durante o evento, a maioria das apresentações musicais prestigiaram a arte dos próprios finalistas. Além dos shows do encerramento, permearam a programação, performances de Maísa Arantes, Klüber, Afrodizia, Clara Telles, Igor Gnomo. De Brasília, o grupo Liga Tripa se apresentou na primeira noite de premiação, e a Orquestra Alada Trovão da Mata levou um verdadeiro cortejo musical e cênico para a segunda noite. Um espetáculo de diversidade e muito talento, passando pela ciranda, reggae, rap, MPB, jazz, batuque e misturas singulares.

Goretti, Paulo, Jefferson e Freed (Foto Paulo Pepe)

Cerca de 200 finalistas, representando 20 estados brasileiros, se dirigiram a Brasília para a premiação. E muitos deles não apenas participaram da festa e torceram para ser premiados, mas, literalmente, fizeram o PPM acontecer. É que boa parte das atividades foi montada de forma a compartilhar os conhecimentos, técnicas e talentos dos próprios finalistas. 

Continuidade 

Em mais uma inovação, a programação do Prêmio Profissionais da Música, realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, será segmentada ao longo do ano. No segundo semestre, as atrações contemplarão espaços além do Plano Piloto, voltadas, principalmente, para a juventude e comunidade escolar, abordando o audiovisual com mostra de videoclipes, LAB Vídeo, show de apresentação com o resultado do LAB PPM-- que acontece agora na primeira etapa-- e demais atividades a serem informadas nos próximos meses.

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