domingo, 11 de maio de 2025

Mãe só se tem uma! Mas...

Imagem: Vecteezy

Mãe só se tem uma é questionável. Tenho minha mãe Iracema, que me deu vida e permitiu que eu chegasse até aqui sendo responsável por tudo que tenho de bom (nem sei se muito). Sei que as coisas que tenho de mais ou de menos, ou abaixo disso, são consequências das limitações do ser humano. Há outra mãe a compor minha existência: a mãe dos meus filhos, a Stela, com quem tenho a felicidade de conviver há meio século. Tornou-se mãe no ano de 1983, quando nasceu o Ramiro; depois veio o Jordano e o lado maternal consolidou-se para sempre. Mãe dedicada e sempre presente, mesmo quando está fisicamente distante. E mais recentemente, ganhamos a mamãe Vanessa, mulher do Ramiro, que nos deu os netos Juliano e Martina.

As outras mães são as mães dos meus sobrinhos, com as quais sempre convivi muito de perto: Juracema, Celiana, Ceres Maura, Jane Elmar, Mércia, Vagna (In Memorian) e Elizabeth. Acompanho as alegrias, tristezas, o orgulho para com os filhos, sofrimentos e a luta diária para que pupilos e pupilas tornassem-se mais do que elas conseguiram alcançar nesta vida. Abro um parêntese para sentenciar que algumas foram até meio irresponsáveis ao confiarem a mim o status de padrinho de alguns deles. Tem também umas mães mais apressadinhas, que se anteciparam às que seriam as mães dos meus netos, trazendo para este mundo os meus sobrinhos-netos. São elas Tatiana, mãe do Filipe, Ludmila, mãe da Luisa e do Artur, e Isadora, com a Olívia. Tornaram-se mães muito nova, mas levaram a missão adiante com amor e sabedoria. 

Imagem: Escolas Kids

Existem outras mães a serem lembradas e reverenciadas. São as mães dos meus primos, com os quais tive uma convivência muito próxima, desde os tempos de criança. São elas: Maria Enoy, Marília, Josefa, Vandira, Irani, Julieta, Vildean, Maria Camapum, Cleomar, Zizi, Dolores, Raimundinha, Constância, Miriam, Neuza, Angelina e Terezinha Barroso (tia Tetê). Algumas delas já nos deixaram cheios de saudades, mas felizes porque temos a certeza de que cumpriram suas missões. Foram também um pouco mãe para mim e me ajudaram muito.

Saúdo as primas e sobrinhas que se tornaram mães. Em nome delas, e por elas, a minha homenagem vai para a Camila, mãe da Rafaela, pela infinita grandeza no existir, entrega e amor sem igual. Desejo a elas toda a felicidade do mundo, neste dia cheio de simbolismo, embora se possa dizer que é apenas um dia comemorativo para quem merece ser homenageada durante todo o ano. Acrescento nesta felicitação também as mães dos primos mais distantes, dos que se tornaram primos a partir da minha convivência com a Stela, das mães dos meus amigos, das amigas que se tornaram mães (Margot, in memoriam), dos colegas de trabalho e de profissão, dos conhecidos e desconhecidos e, principalmente daquelas mães que tiveram a dor de perder um filho – em nome delas saúdo minha sogra, que já nos deixou, mas teve que passar por tal provação. Não esqueço jamais de suas palavras: “Deus me permita que eu nunca mais passe a dor de perder um filho”. Minha forma de homenagear as mães é pedir a Deus que conceda a todas elas pelo menos a metade da felicidade que desejam para os filhos. Minhas homenagens vão pelos versos abaixo e pela canção que ouvia quando criança no dia consagrado às mães.

Outro ser
José Carlos Camapum Barroso
 
Quem me dera dar à luz um filho.
Iluminá-lo pela vida.
Dar carinho protetor,
Esconder pesadelos
Trazer sonho do amor.
Acordar de madrugada,
Abraçando sua presença,
Temendo pela ausência,
Livrá-lo do mal e da dor.
 
Alimentar o filho com o próprio leite...
Protegê-lo com o sangue
Que jorra suave das veias.
Embalsamá-lo, se preciso,
Pra amá-lo eternidade afora.
Sem perder o sorriso,
Nem escorrer lágrimas,
Trazê-lo antes de ter ido embora.
 
Quem me dera ter e ser tudo isso...
Na suprema luz do amor...
Sonhar com a felicidade
Juntar estrelas cadentes,
Guarda-las no coração dos desejos.
 
Em outra dimensão do sonho,
Este ser, então benfazejo,
Muito mais que humano,
Seria simplesmente Mãe!


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