Sabedorias de Juliano - do imperador ao netinho

Juliano - um dia frio, um bom lugar pra tomar um sorvete

Hoje vou falar sobre meu neto Juliano. Da Martina, a netinha, já escrevi por aqui e publiquei um poema em homenagem a essa estrelinha que veio iluminar nossas vidas (para ler ou reler, clique aqui). Então, vou falar desse ser grandioso e iluminado, Juliano.

A começar pelo nome, muito bem escolhido pelo Ramiro, meu filho, filósofo e advogado, mas principalmente o pai do Juliano. Nome em homenagem ao imperador romano, que além de grandioso na arte de governar, era culto, inteligente e profundo conhecedor de filosofia. Morreu novo, em batalha, mas deixou exemplos de sabedoria na arte de lidar com as coisas públicas e com os seres humanos, nem todos tão humanos assim...

Juliano tem a sensibilidade e o dom da bondade herdados da mãe Vanessa e a curiosidade infinita do pai. Nos seus seis anos de existência, tem demonstrado, dia após dia, mês a mês, e a cada ano que tem potencial para ser um imperador, pensador e questionador desses tempos ditos modernos.

Não deixa nada passar sem um questionamento. Aqueles por quês que não têm fim, mas que surgem recheados de um bondade e ternura que são difíceis de serem qualificadas. Às vezes, nos deixa apertados, entre a cruz e a espada, mas somos sempre salvos pela grandeza de sua alma e de um coração infinitamente bondoso.

Menino apaixonado pela natureza, ama os bichos, de uma minúscula formiguinha à grandeza de um rinoceronte ou de um elefante. Dias atrás, foi conhecer uma fazenda que acolhe onças fustigadas pelas ações desumanas de uma sociedade que não sabe viver e conviver com a natureza. Na noite da véspera, nem dormiu direito. Curtiu o passeio em sua plenitude, e, em determinado momento da visitação, deu uma bronca nos pais: “mas, ninguém está filmando isso aqui!”. Ah, sim, estava esquecendo. Seu bicho preferido é a cigarra, que ele pega com a mão, trata com carinho e depois devolve à natureza.

Neto é bom demais da conta, né, gente? Como disse sabiamente a cantora e compositora Rita Lee: “se soubesse que neto era tão bom, nem teria tido filho, iria direto pros netos”. Seguem os versos em homenagem a esse menino grandioso. Beijos no coração!

  

Juliano
José Carlos Camapum Barroso
 
Um menino rei
De real civilização
Abraça o Agnus Dei
Da cruz ao coração
 
Pássaro da antiguidade
Em voo de revolução
Traz a modernidade
Nos versos da canção
 
Sinônimo do saber
Transborda em Juliano
A sede do conhecer.
 
Astro do amanhecer,
Desperta a cada ano
Razão maior de viver!