sábado, 20 de dezembro de 2014

Porque hoje é sábado, o cotidiano invade os corações


Cotidiano
José Carlos Camapum Barroso

De repente
A dor se fez ausente
E um mar de desejos
Inundou o coração.
Da angústia de sempre,
Brotou uma semente
Ávida de ilusão...

Era Lua Cheia...
Estrelas crescentes
Piscavam incandescentes
Pela imensidão
Voraz de um buraco negro,
Prenhe de segredo,
Ávido de solidão.

De repente,
Um raio pôs-se à frente
De um Sol nascente
Na amplidão.
Luz nova, descomunal,
Uma aurora boreal
De sofreguidão!

Ao meio-dia
A dor então adormecida
Sente-se aquecida
No coração
Com a mente cansada
E os joelhos dobrados
Fez-se oração

Tardezinha,
O tempo não passa
A dor que não cessa.
Em pulsação,
Mede-se o compasso
No passo a passo
Da desilusão...

De repente
A dor se fez ausente
E um mar de desejos
Inundou o coração.
Da angústia de sempre,
Brotou uma semente
Ávida de ilusão...




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