terça-feira, 1 de março de 2016

Rio de Janeiro, 51 anos depois de Quatrocentão


Há exatos 51 anos – e este número é sempre uma boa ideia! – o Rio de Janeiro comemorava os seus 400 anos de fundação. A tradicional festa do Rio Quatrocentão teve o Flamengo campeão e a inauguração do Aterro do Flamengo. Uma festa cariocamente rubro-negra. Foi ali, nos meus dez anos de idade, que consolidei minha paixão pelo Rio de Janeiro e pelo jeito divertido de ser do carioca.
Hoje, essa cidade maravilhosa faz 451 anos. Vejo o Rio de Janeiro não apenas como uma cidade. É também um estado de espírito. O astral, o humor e a disposição do visitante começam a melhorar quando se avista a cidade pela primeira vez. Aquela aproximação do Rio de Janeiro já compensa a viagem. Se chegamos de carro, então, melhor ainda. O sobe e desce da Serra do Mar, as curvas da estrada, o espalhar da vista em direção à Cidade Maravilhosa, tudo isso nos enche de contentamento.


O Rio completa hoje 451 anos à disposição dos cariocas, brasileiros, estrangeiros, indígenas e alienígenas, com sua Baía de Guanabara a nos receber plenamente, sob os braços abertos do Cristo Redentor. Suas montanhas íngremes e as ondas do mar o tempo todo a nos advertir: deixar esse cantinho não é fácil, meu irmão!
Cantado em versos e prosas, músicas, estampado em fotografias, cinemas, pinturas, o Rio é fonte inesgotável de inspiração. Suas belezas são naturais e opõem o azul do mar ao verde das matas, a imensidão do céu à limitação das serras, do concreto e das construções que desconstruíram os morros.
O Rio é tudo isso junto, amalgamado por uma energia sem precedentes e sem limites, embalado pelo ritmo do samba, o balanço da bossa-nova, a melodia do chorinho e os versos de Bandeira, Drummond e Vinícius. A musicalidade salta pelas bochechas de Pixinguinha, o queixo de Noel, o nariz de Cartola, os olhos de Chico e as orelhas de Ary Barroso. No peito, a batida forte de sambistas como Beth Carvalho, Luiz Carlos da Vila, Candeia, Cartola, Monsueto, Silas de Oliveira, Martinho da Vila e tantos outros... E a nossa querida Mangueira, campeã do Carnaval deste ano.


O Rio está lá, hoje, a comemorar seus 451 aninhos de existência, sob o calor do sol, a frescura das ondas e a ternura da brisa, que sopra pelo calçadão de Copacabana, os restaurantes, os bares e as ruas cheias de garotas de Ipanema, do Meier, do Leblon...
E nós aqui, pobres mortais, a enfrentar mais um dia de trabalho, a torcer para que a sexta-feira chegue rapidamente e o fim de semana não seja tão quente. Vamos continuar a embalar o sonho de rever o Rio de Janeiro logo, antes que o Verão termine. Se não for possível, depois que ele passar e chegar o Outono, o Inverno e a Primavera...
Enquanto isso, vamos ouvir um pouco da musicalidade bem carioca e bem brasileira de Tom Jobim, João Gilberto e Chico Buarque.

Viva o Rio de Janeiro!




Um comentário:

  1. Parabéns Rio de Janeiro, Fevereiro, Março e de todos os meses do ano!!! Parabéns Zezão pela homenagem. Também aprendi a gostar do Rio ainda mais, porque agora tenho um carioquinha lindo na família. Luca Chardeli Ribeiro Magalhães Lobo. Nome grande como a grandeza desse Rio, Cidade Maravilhosa, de gente maravilhosa! Também tenho um genro carioca. Os dois são flamenguista (kkk o pai acha que Luca é). Um defeitinho, que assim, como alguns da cidade do Rio, dá prá gente aguentar, né?? Beijos para os cariocas candangos da família!

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