sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Tristeza e impunidade nos 5 anos da tragédia em Santa Maria


Por mais incrível que possa parecer, a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, está caindo no esquecimento. E o que restou, de fato, foi a impunidade, reinando sobre a nossa falta de memória, nossa incapacidade para dar sequência e consequência à indignação. O tempo passou rápido e a impunidade tornou-se presença marcante para quem visita hoje aquela cidade gaúcha.
Foi o que constataram repórteres da revista Veja, na edição da última semana. Numa bela e competente reportagem, mostraram que, da tragédia, restaram tristezas e impunidades. Sobrou também um processo em que o Ministério Público acusa a associação que representa os pais das vítimas de desrespeito para com as autoridades.  
Todas as tragédias acontecidas no Brasil desaparecem no tempo com sabor de impunidade. A da boate Kiss, que completa cinco anos neste 27 de janeiro de 2018, segue a mesma cartilha, embora tenha chocado o Brasil e o mundo, com saldo assustador de 242 jovens mortos de forma brutal, vítimas do descaso, irresponsabilidade e desleixo de autoridades, empresários e outras pessoas envolvidas naquele episódio.


Quantos pais ficaram sem seus filhos. Quantos filhos sem pais. Órfãos, talvez, de impunidades que marcaram tragédias anteriores. Dezenas de pessoas que sobreviveram àquela madrugada fatídica, ainda hoje vivem dramas difíceis de serem dimensionados. 
Quem, como nós, está distante de uma tragédia não consegue dimensioná-la adequadamente. Só nos resta rezar pela alma das vítimas fatais e pela plena recuperação dos que sobreviveram. Minha oração é essa abaixo, que já publiquei outras vezes e pretendo repetir por anos e anos. Desta vez, sai publicada em forma de vídeo. Quem sabe conseguiremos, assim, aplacar um pouco a dor de tantas famílias e alertar as autoridades para os riscos inerentes à impunidade.




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