quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Bibi Ferreira, a luz e a voz a nos guiar para sempre


O que dizer de uma artista como Bibi Ferreira? Tarefa difícil porque o muito que já disseram ainda é pouco. Falar sobre personagens que são gênios não é tarefa fácil. Têm pessoas que se destacam ao longo da história humana pela excepcionalidade de suas atuações e ações naquilo que escolheram como profissão. Na música, a genialidade de Bach e Mozart impressionam há séculos. Na pintura, Monet, Picasso e Van Gogh... No futebol, o Pelé de dentro das quatros linhas era perfeito e, não por acaso, considerado o rei.
Nas artes cênicas, tanto dirigindo, quanto interpretando e cantando nos palcos, Bibi Ferreira tem lugar de destaque no cenário nacional e mundial. Expressão máxima de talento e profissionalismo. Dona de uma formação invejável, não apenas para atuar, mas também como cantora e dançarina. Subiu ao palco, pela primeira vez, conforme conta, quando tinha 24 dias de vida, no colo de uma atriz, substituindo uma boneca na peça “Manhãs de Sol”. Só se aposentou 94 anos depois dessa “estreia”, em dezembro de 2017.



Tive a oportunidade e o prazer de assistir dois espetáculos de Bibi Ferreira. O primeiro, nos anos 1980, em que ela interpretava a cantora francesa Edith Piaf, em “Piaf, A Vida de Uma Estrela da Canção”. Saímos do Teatro Nacional embasbacados, eu e minha mulher Stela, radiantes de alegria e contentamento. Um espetáculo e uma artista de se tirar o chapéu.
Depois, na década de 2010, vimos o show “Bibi – Histórias e Canções”, também no Teatro Nacional de Brasília. Levamos nosso filho Ramiro, que, então, tinha seu vinte e poucos anos. Ficou, como todo o público presente, encantado. E comentou: “como ela consegue, com essa idade, ter essa voz tão bonita, forte e limpa?”. 



Difícil responder a essa pergunta, bem como não é fácil falar de uma artista tão genial. Os gênios preenchem todos os espaços do universo por onde circulam e por onde fazem suas artes. Bibi é isso. Genial, insuperável, incontornável... uma luz eterna, que brilha com a mesma força e expressão da sua voz, independe da idade e em que dimensão esteja.
O mundo da cultura continuará a seguir seus passos, os caminhos deixados e guiar-se pela luz que brilha no horizonte. Seguem uns versinhos em sua homenagem...
Bibi é aqui,
Ali e além
De todos nós
Será sempre
Nossa luz
E nossa voz.



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