terça-feira, 4 de julho de 2023

Uruaçu faz 92 anos de muita cultura e arte

Hoje é um dia importante no cenário mundial. No cenário político, administrativo, econômico, principalmente, cultural. O dia 4 de julho é significativo para a humanidade. Muitos imaginam que seja por causa da Independência dos Estados Unidos da América, com sua Constituição moderna. Fato importante, também.

Mas, não é bem por aí. O 4 de julho é histórico porque foi nessa data, no ano de 1931, que o pequeno distrito de Sant’Anna, às margens plácidas do córrego Machombombo, começou a existir como município. Em 1953, passaria a ser chamado de Uruaçu, pássaro-grande, em Tupi-Guarani.

Já disse aqui no blog, e não canso de repetir, que Uruaçu é o centro de Goiás, do Brasil, da Terra e, quiçá, do Universo. Esta possibilidade estava sendo avaliada pelo físico Stephen Hawking, que infelizmente veio a falecer antes de concluir os complexos cálculos, que agora estão nas mãos de Michio Kaku.

Uruaçu faz parte da nossa memória cultural, pois, foi ali que vivemos toda nossa infância e adolescência. Esse período da nossa vida é sempre muito marcante. Verdade que a nossa memória é frágil. Falha. Com o passar dos anos, fatos e momentos vividos lá num tempo distante vão ficando menos alcançáveis.

Para homenagear nossa cidade, nada melhor do que recorrer à poesia, às vezes, nos ajuda a relembrar alguns desses momentos tão significativos. No meu caso, versos e uma música de Pixinguinha ajudaram a resgatar um tempo de criança, lembranças de um quintal de nossa casa (vídeo abaixo).

Os flashes que vêm são de um quintal enorme com uma pequena varanda, um puxadinho coberto, com um jirau de madeira escura, onde se lavava vasilhas, limpavam frango, porco e lavavam-se verduras, carnes, legumes para as refeições.

Tinha uma cisterna, onde eventualmente adquiríamos a coragem de olhar para o fundo, bem fundo, e cheio de magias e imaginações. 

Algumas secretárias domésticas passaram por ali e ficaram carinhosamente guardadas nas lembranças de menino. Abadia, Branca, Maria, Generosa. Naquele tempo, não havia televisão. As diversões eram ouvir rádio, brincar no quintal ou na rua, jogar futebol e tomar banho nos córregos e rios. 

O tempo passa, mas as nossas lembranças ficam preservadas, guardadas na mente e no coração. Recordar é viver. E as lembranças nos fazem bem. Ajuda a comemorar o aniversário dessa cidade que, para nós, tem alguma coisa de magia e sempre gera contentamento.

PS – Hoje também é aniversário dos amigos Jorge Luiz Fernandes de Carvalho, o Jorginho, pessoa querida, companheiro de tantas históricas jornadas, e também do Antônio Fernandes de Oliveira, juiz de direito em Goiânia, também conhecido por Ti Toim. A história deles e da família Fernandes, para todos nós, é a própria história de Uruaçu.


2 comentários:

  1. Caro Zé, aqui outro Zé a lhe dizer que Uruaçu segue viva em minha memória, desde aqueles distantes dias de 1970. E que você é um filho que não se distancia das origens e carrega consigo o orgulho e a gratidão de ter nascido lá. Belíssima poesia! Sensível e amorosa homenagem. Viva a Uruaçu! Forte e fraterno abraço.

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    1. Obrigado, xará, pelas palavras carinhosas e pela participação aqui no blog.

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