Mas deixemos que os versos falem por
todos nós. Um bom domingo, com muita paz no coração.
Duas vidas
José Carlos Camapum Barroso
Não nos deixes
assim, desalmada,
Como água a
correr pelos dedos
Fria e
indiferente aos olhares
Atônitos e
aos suplícios mil.
Não nos deixes
assim, cansada
De lutar pela
vida, que sem medo,
Segue
indiferente a seus pares,
Suplicantes,
como cordeiro vil.
Não nos deixes
agora, nesta hora
Tão
atordoante e atordoada
Em que ecoam
sinos de Natal –
E nossa voz,
angustiada, sumiu.
Não nos
deixe! Nos leve embora!
Seguiremos
pela mesma estrada
Sobre trilhos
do bem e do mal
A cantar o
que ninguém ouviu.
Amanhã,
então, ao acordares
Sentirás que,
em nossos olhares,
Correm lágrimas
de adeus.
Mas estarás
em outra vida...
E nossa alma,
ainda entristecida,
Te enxergará
mais perto de Deus.
(Brasília,
18.11.2012)
É um belo poema de súplica, triste, como toda despedida, não queremos perder os que amamos.Na verdade não os perdemos, afastamos fisicamente, porque eles continuam vivos nas nossas lembranças, e isso é vida é espiritualidade.Um doce lamento.
ResponderExcluirÉ isso aí, minha irmã. Um doce lamento, que procura nos acalmar e também a todos que enfrentam este momento. Beijos.
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