Odessa com os netos Ramiro e Jordano, no Rio de Janeiro que ela amava muito |
Este mês fazem nove
anos que minha sogra Odessa de Freitas trocou este mundo pra ficar mais
pertinho de Deus. Deixou muitas saudades e uma gama de boas lembranças,
principalmente pela personalidade que ostentava: forte, determinada e de uma
invejável capacidade de comunicação. Dedicou boa parte da sua vida à família,
aos amigos e amigas. Não os abandonava, jamais, sempre dando atenção especial
nos momentos bons e ruins da vida.
Quem não a conheceu, perdeu
uma extraordinária oportunidade de conviver com uma bela pessoa. Sincera, muito
franca e de uma presença de espírito impressionante. Adorava o Rio de Janeiro,
o Botafogo, Carlos Lacerda, Jânio Quadros, Getúlio Vargas, mas detestava
Juscelino Kubitschek, Brasília e tudo que, por algum motivo, lembrasse "o
comunismo". Era da UDN do lenço vermelho. Essa mulher, eternamente apaixonada pela música Serenata de Schuber, faria no dia de hoje, 5 de junho de 2015, 94 anos de idade.
Católica, devota do padre
Eustáquio. Era mineira da gema e se
orgulhava da sua gente.
Revirando nossos
alfarrábios, descobrimos duas poesias que ela deixou, escritas de próprio
punho. Demonstra seu lado romântico, mas também um pouco do modo duro e crítico
como enxergava a vida. A poesia Regresso
fala de alguns dias vividos na nossa querida Uruaçu, lá pelos idos de 1972. Já
o poema Tarde Demais nos remete a uma
surpreendente visão do amor, a alegria que ele nos traz, mesmo quando,
supostamente, ocorre em descompasso com o tempo.
Resgato esses dois textos
para matar um pouco a saudade dessa pessoa que ocupou um espaço importante na
vida de todos nós.
Nove anos... como o tempo
passa. Já faz quase uma década, embora pareça que foi ontem. As pessoas de
personalidade marcante são capazes de desafiar até o tempo. E minha sogra marcou um tempo, uma época que está guardadinha nas nossas memórias, de todos que tiveram a oportunidade de com ela conviver.
Admiráveis esses textos, considerando todo o contexto da autora e a sua modéstia, que nunca permitiu que os trouxesse a público. Uma alma sensível, a de D. Odessa, ainda que tivesse uma personalidade forte.
ResponderExcluirSaudades eternas da minha vó!
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