quarta-feira, 15 de junho de 2016

Voar é pousar no infinito entre saudades e sonhos


Voo infinito
José Carlos Camapum Barroso

Vou andar sobre nuvens
E trocar estrelas no céu,
Lustrar o brilho da Lua
E filtrar os raios do Sol.
Acariciar o vento Oeste,
Antes que o sopro Leste
Traga fúria dos deuses.
Em vez de Lua Nova,
Quero o brilho de Cheia.
A refletir na areia
Os sonhos de então...


Bem acima dos montes
A plainar no Horizonte,
Como o voo do Falcão.
Verei a fonte dos rios,
O espelho dos Lagos
A refletir a grandeza
Da natureza de Deus.
E nos olhos, lágrimas
São gotas de orvalho,
Um prisma de cristal
Das saudades de então...


Mais perto do infinito,
Tão distante o adeus...
Gritaremos bem forte:
Por que o vento Norte
Não ouve a voz de Deus?
Ventos de tanta altitude,
Não escolhem Latitude,
Apenas cobrem a Terra
No manto da sagração.
É folha de esperança,
Como choro de criança
Que jorra do coração...

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