domingo, 27 de agosto de 2017

"Ô, sorte"! gritam no céu ao receber Wilson das Neves


A cultura brasileira perde mais uma batalha na eterna luta pela sobrevivência e pela supremacia do talento e dos valores artísticos. Wilson das Neves se foi, neste sábado, aos 81 anos de idade, vítima de câncer, em um hospital na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Carioca da gema, carregava consigo a alegria, a descontração e a paixão pelo samba. Músico, baterista, compositor e cantor, participou da gravação de 800 discos de artistas como Caetano Veloso, Elis Regina, Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, João Nogueira, Roberto Carlos e Sarah Vaughan, além de ser baterista de Chico Buarque de Holanda há mais de 30 anos.
Só se lançou como cantor em 1996, com o disco O Som Sagrado de Wilson das Neves, mas deixou gravados outros três álbuns: Brasão de Orfeu, Pra Gente Fazer Mais Um Samba e Se Me Chamar, Ô Sorte, brasão que o tornou conhecido no mundo artístico do Rio de Janeiro e teria sido criado pelo cantor Roberto Ribeiro.


Autor de sambas elegantes e melodias bem elaboradas, Das Neves era querido em todo o meio musical. Seu corpo será velado, neste domingo, na quadra de samba da escola Império Serrano, que declarou luto de três dias.
Mais uma perda significativa para a Música Popular Brasileira, que, muito recentemente, perdeu Luiz Melodia, também derrotado na luta contra um câncer. Wilson das Neves deixa uma contribuição extraordinária para a arte e a cultura brasileira. Mais um a reforçar o time de talentos que se aninham lá no céu. A turma de lá, com certeza, deve estar usando o bordão “ô, sorte”.
Nós, daqui, ficamos com a saudades e a bela herança que ele deixou no universo da música.






Nenhum comentário:

Postar um comentário