terça-feira, 17 de setembro de 2019

Compreensão Mundial, o caminho para paz e harmonia


Se a gente falasse menos, talvez compreendesse mais. Esse verso do saudoso Luiz Melodia vem a calhar no dia de hoje, consagrado como Dia da Compreensão Mundial. Principalmente por alertar para o tanto que se fala, escreve e publica sem a devida e necessária compreensão, nesses tempos modernos das redes sociais. Ao mesmo tempo, a compreensão inexiste, muitas vezes, porque as pessoas deixam de falar, em situações em que o diálogo é essencial para superar divergências e desavenças.
Sem compreensão não se alcançará a paz, pois as diferenças são enormes e variadas entre pessoas e povos, sejam de ordem estética, cultural, religiosa, sexual e mais ainda político-ideológica. Mahtma Ganhdi disse que “não há caminho para a paz, a paz é o caminho”, mas, ele mesmo mostrou para a humanidade que o caminho mais seguro para se alcançar a paz passa pela compreensão.

Compreensão não significa que a pessoa, o indivíduo, deva se anular ou apagar sua existência diante de tantas divergências e diversidades. Pelo contrário, pode ser o melhor caminho para afirmar e destacar também as suas peculiaridades e os diferentes aspectos do seu pensamento, modo de ser e de agir.
Faltou compreensão ao compositor Wilson Batista na polêmica musical com o colega Noel Rosa, lá pelo início da década de 1930. O último lance da pendenga foi a música de Wilson que chamava Noel de o Frankestein da Vila, apelando para um defeito que o artista genial de Vila Izabel tinha no queixo. Noel deu por encerrada a polêmica e outros sambas geniais deixaram de ser criados, além dos inesquecíveis Lenço no Pescoço, Rapaz Folgado, Mocinho da Vila e Feitiço da Vila.


Menos de uma semana antes do Dia da Compreensão Mundial, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, que o conceito de família não pode ser restrito a uniões heterossexuais, estabelecendo de forma inequívoca que o conceito de entidade familiar deve prever a união homoafetiva. Foi considerada inconstitucional uma lei da Câmara Legislativa do DF que tentava restringir aos casais heterossexuais a instituição de uma família.
Faltou compreensão a quem propôs o então projeto de lei. Mais ainda aos deputados que o tornaram lei. O STF deu provas de que está atento às diversidades de relacionamentos e comportamentos numa sociedade complexa, e pronto para impedir imposições de preconceitos, sejam de ordem sexual ou religiosa. Por falta de compreensão, a Igreja Católica condenava a morrerem queimadas na fogueira as pessoas consideradas bruxas, nos tempos da Santa Inquisição.


A compreensão é vital para todas as áreas da existência humana e convivência entre pessoas. Palavra mágica. Precisa e deve ser incorporada às diversas culturas de diferentes pontos do planeta Terra.
Salve o Dia Mundial da Compreensão e viva a diversidade.



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