Transparência
José Carlos Camapum Barroso
Invisível transparência
Nessa malemolência
Que endurece a pele
E blinda corações.
Almas que vagueiam
Pelos quatro lados
Dum espaço redondo...
Só mentes quadradas.
Almas que se perdem
No infinito adormecem
Em buracos-negros
De tantas indiferenças.
Mãos estendidas em vão
Não superam a solidão,
Inibem, traem a indignação
De tão poucos indignados.
Invisível transparência
Em tempos modernos
De tantas lentes, contatos
Instantaneamente sós...
Almas que se amoldam
Em becos, ruas e avenidas...
Não dormem mas tiram
O sono de passantes.
Porque não acordam
Trazem recordações
Sempre desprezíveis,
Preservadas na indiferença.
Invisível transparência
De uma dor trespassada,
Transpassada no tempo
De sempre para sempre.
Grande Zé! Além de competente jornalista e blogueiro, é um poeta muito sensível. Abraço, meu caro amigo!
ResponderExcluirObrigado, Ricardinho! Você sempre e gentil e atento às postagens do blog. Abraço.
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