domingo, 1 de março de 2020

Rio de Janeiro faz 455 anos de pura beleza e muita magia


O Rio de Janeiro faz hoje 455 anos. Foram muitas as adversidades enfrentadas pela Cidade Maravilhosa ao longo de mais de quatro séculos e meio. Chegou, inclusive, a enfrentar uma intervenção federal. Logo ela, a cidade brasileira mais aberta a todos os cidadãos e cidadãs do mundo. Com seu Cristo Redentor, sempre de braços abertos sobre a Guanabara. O Rio, mais especificamente o carioca, recebe de forma acolhedora, deixando-nos à vontade para curtir e apreciar suas belezas e atrações, que são muitas.
Vejo o Rio de Janeiro não apenas como uma cidade. É também um estado de espírito. O astral, o humor e a disposição do visitante começam a melhorar quando se avista a cidade pela primeira vez. Aquela aproximação do Rio de Janeiro já compensa a viagem. Se chegamos de carro, então, melhor ainda. O sobe e desce da Serra do Mar, as curvas da estrada, o espalhar da vista em direção à Cidade Maravilhosa, tudo isso nos enche de contentamento. Imagino ser fantástica, também, a aproximação da cidade maravilhosa pelo mar.



Mesmo com todos os fantasmas que sempre ameaçaram a paz e a tranquilidade do Rio de Janeiro – não apenas a intervenção, mas, também, os índices altos de violência – é preciso lembrar que essa cidade, aos 455 anos, continua à disposição dos cariocas, brasileiros, estrangeiros, indígenas e alienígenas, com sua Baía de Guanabara a nos receber plenamente, o Cristo sempre redentor, e suas montanhas íngremes e ondas do mar o tempo todo a nos advertir: deixar esse cantinho não é fácil, meu irmão!
Cantado em versos e prosas, músicas, estampado em fotografias, cinemas, pinturas... o Rio é fonte inesgotável de inspiração. Suas belezas são naturais e opõem o azul do mar ao verde das matas, a imensidão do céu à limitação das serras, do concreto e das construções que desconstruíram os morros.



O Rio é tudo isso junto, amalgamado por uma energia sem precedentes e sem limites, embalado pelo ritmo do samba, o balanço da bossa-nova, a melodia do chorinho e os versos de Bandeira, Drummond e Vinícius. A musicalidade salta pelas bochechas de Pixinguinha, o queixo de Noel Rosa, o nariz de Cartola, os olhos de Chico e as orelhas de Ary Barroso. No peito, a batida forte de sambistas como Beth Carvalho, Luiz Carlos da Vila, Candeia, Cartola, Monsueto, Silas de Oliveira, Martinho da Vila, Moacir Luz, Teresa Cristina e tantos outros... E as belíssimas escolas de samba.
O Rio a ser lembrado e homenageado não é o da violência, da intervenção federal, de gestores ruins e corruptos. Tudo isso é passageiro e, com o tempo, torna-se página virada da nossa história.



O Rio que está lá, hoje, a comemorar seus 455 aninhos de existência, sob o calor do Verão, o sol, a frescura das ondas e a ternura da brisa, que sopra pelo calçadão de Copacabana, os restaurantes, os bares e as ruas cheias de garotas de Ipanema, do Meier, do Leblon... esse é o Rio que habita nossas mentes e pulsa forte em nossos corações.
Infelizmente, estamos aqui, pobres mortais, distantes do Rio de Janeiro nessa data querida, um domingo, que pede cachimbo e nos faz lembrar que amanhã é segunda-feira. Vamos continuar a embalar o sonho de rever o Rio de Janeiro logo, antes que o Verão termine. Se não for possível, depois que passar o Verão e chegar o Outono, o Inverno, a Primavera...
Enquanto isso, vamos ouvir um pouco de música que traduza a grandeza do Rio. Tom Jobim e Frank Sinatra, e na sequência Chico Buarque, João Gilberto e Stan Getz.
Mais do que nunca é preciso cantar: Viva o Rio de Janeiro!




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