sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ser ou não ser esse ser supremo que se chama mãe


Pensei em fazer um poema em homenagem às mães. De imediato, deparei com uma questão para mim, até então, inusitada: não existe rima na língua portuguesa para a palavra mãe. Pelo menos não consegui localizar um vocábulo, no meu pobre vocabulário, que rimasse, plena e integralmente, com esse ser especial. Ou seja, em outras palavras, mãe é um termo que só rima consigo mesmo. É tão especial que não existe nada igual.
Rabisquei minhas mal traçadas linhas dentro dessa e de outras limitações que me são caras. Saiu este texto abaixo, que dedico de coração a todas as mulheres que alcançaram esse dom tão distinto. Especialmente àquelas mães que, de algum modo, me cercam nesta vida, assim como fiz em outra homenagem publicada neste blog (para ler, ou reler, clique aqui).
Como hoje é sexta-feira, um dia ideal para começarmos a comemorar o Dia das Mães, desejo a todos os amigos e amigas aqui do blog um bom fim de semana, com muita paz, saúde e alegria.



Outro ser
José Carlos Camapum Barroso

Quem me dera dar à luz
Um filho e iluminá-lo pela vida.
Dar a ele o carinho protetor,
Esconder dele o pesadelo
E trazer o sonho de amor.
Acordar de madrugada
Abraçando sua presença,
Temendo pela ausência,
Livrá-lo do mal e da dor.

Quem me dera alimentar
Um filho com o próprio leite...
Protegê-lo com o sangue
Que jorra suave das veias.
Embalsamá-lo, se preciso,
Pra amá-lo eternidade afora.
Sem perder seu sorriso,
Nem escorrer gota de lágrima,
Trazê-lo antes de ir embora.

Quem me dera ter e ser
Tudo isso, Senhor, em vida.
E sonhar com a felicidade
Que das estrelas cadentes
Um dia tornar-se-ia desejo.
Noutra dimensão do sonho,
Este ser, então benfazejo,
Agora mais que humano,
Seria simplesmente mãe!



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