Pensei em fazer um poema em homenagem às mães. De imediato, deparei com uma questão para mim, até então, inusitada: não existe rima na língua portuguesa para a palavra mãe. Pelo menos não consegui localizar um vocábulo, no meu pobre vocabulário, que rimasse, plena e integralmente, com esse ser especial. Ou seja, em outras palavras, mãe é um termo que só rima consigo mesmo. É tão especial que não existe nada igual.
Rabisquei minhas mal traçadas linhas
dentro dessa e de outras limitações que me são caras. Saiu este texto abaixo,
que dedico de coração a todas as mulheres que alcançaram esse dom tão distinto.
Especialmente àquelas mães que, de algum modo, me cercam nesta vida, assim como
fiz em outra homenagem publicada neste blog (para ler, ou reler, clique aqui).
Como hoje é sexta-feira, um dia ideal
para começarmos a comemorar o Dia das Mães, desejo a todos os amigos e amigas
aqui do blog um bom fim de semana, com muita paz, saúde e alegria.
José
Carlos Camapum Barroso
Quem me dera
dar à luz
Um filho e
iluminá-lo pela vida.
Dar a ele o
carinho protetor,
Esconder dele
o pesadelo
E trazer o
sonho de amor.
Acordar de
madrugada
Abraçando sua
presença,
Temendo pela
ausência,
Livrá-lo do mal
e da dor.
Quem me dera
alimentar
Um filho com
o próprio leite...
Protegê-lo
com o sangue
Que jorra
suave das veias.
Embalsamá-lo,
se preciso,
Pra amá-lo
eternidade afora.
Sem perder
seu sorriso,
Nem escorrer
gota de lágrima,
Trazê-lo
antes de ir embora.
Quem me dera
ter e ser
Tudo isso,
Senhor, em vida.
E sonhar com
a felicidade
Que das
estrelas cadentes
Um dia tornar-se-ia
desejo.
Noutra
dimensão do sonho,
Este ser, então
benfazejo,
Seria
simplesmente mãe!
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