segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Clara Nunes, a luz e a alma do samba, faria 71 anos

Clara Nunes passou por esse mundo como um furacão. Rápido demais, com muita força, presença marcante e não deixou pedra sobre pedra no universo conservador da música popular brasileira, principalmente do samba. Quebrou o tabu de que mulher não vendia discos, conseguindo seguidos recordes de venda, inclusive com a marca de 300 mil cópias vendidas do LP Alvorecer, que trazia as antológicas “Contos de Areia” e “Menino Deus”.
Essa mineira de Paraopeba abraçou o samba com raça e talento, casou-se com a Portela e com Paulo César Pinheiro, fazendo com que a música brasileira ganhasse mais graça e charme, com discos geniais como “Canto das Três Raças”, “Guerreira” e “Brasil Mestiço”.


Fabiana Cozza, sambista de São Paulo, gravou um DVD em homenagem à cantora de Minas: “O Canto Sagrado – Os 70 anos de Clara Nunes”, e prepara um documentário sobre a vida da cantora, que Fabiana considera rica e cheia de exemplos. Clara Nunes faria no dia de hoje 71 anos de idade. Morreu de forma precoce, em 02 de abril de 1983, depois de ficar 28 dias em coma, após uma cirurgia para tratar de varizes.
Clara é guerreira, tinha uma voz melodiosa, um senso rítmico admirável e cantava com energia e graça. Sempre olhou a vida pelo lado social. Desejava ardentemente montar uma creche para crianças carentes – sonho que foi colocado em prática por sua irmã Dindinha.
Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. Quem não gosta de Clara Nunes é ruim da cabeça ou doente do pé. Seu sucesso atravessou o mundo, dos terreiros de Iansã e de Ogum até os palcos do Japão. Quem ainda duvida é só conferir neste vídeo inédito de uma TV japonesa. Logo a seguir, uma bela homenagem de Fabiana Cozza à deusa do samba.



2 comentários:

  1. Merecidíssima homenagem a uma sambista guerreira, que a morte colheu antes da hora...Abs!

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  2. Acredito também que nossa passagem por aqui é uma das melhores entre as gerações passadas e as que virão. Épocas de ouro pelas abundâncias e desastrosas pelas transformações polêmicas no País e no mundo. Imaginem só com quem convivemos e que já foram embora: Além da Clara, o Evaldo, o Paulo Sérgio, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves, Altemar Dutra e tantos outros. Somos felizes por sabermos tanto de tantos em nosso século.

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