Tia Tetê, também conhecida como
Terezinha Barroso Vidal, é uma daquelas figuras marcantes da nossa infância e
juventude uruaçuense. Por todo o universo de grandeza e curiosidades que cercam
sua existência. Criou 15 filhos – todos estão vivos e bem encaminhados –
naqueles anos difíceis das décadas de 1950 a 1980. Embala e curte seus 34 netos e 16 bisnetos. Com essa imensa família, vive feliz e
mantém aquele sorriso nos lábios e simpatia na mesma casa, na mesma
rua, da mesma cidade onde sempre morou – nossa pequena, porém descente, Uruaçu.
Nesses tempos de comunicação on line,
graças às mídias sociais, descobrimos que tia Tetê continua “revolucionária” na
sua humilde, mas relevante, existência e passagem por este mundo. Aos 81 anos – vai fazer 82 no
próximo dia 6 de dezembro –, mantém uma boa saúde, continua lúcida, cuida bem
dos seus jardins e ainda virou artista plástica. Está pintando belos quadros,
retratando a natureza – árvores, pássaros e objetos. Natureza, aliás, que ela curte e cuida muito bem e de forma descontraída, como mostra a segunda foto publicada no alto.
Tia Tetê continua com o mesmo charme,
sorriso delicado e simpatia que sempre a acompanhou por toda essa trajetória de
vida, que, com certeza, não deve ter sido nada fácil. Imaginem criar quinze
filhos numa cidade do interior, em uma época de dificuldades, quando tudo tinha
que ser feito à mão, durante todos os dias do ano, como os docinhos que ela prepara na foto acima.
Ela é uma prova viva de que o dom
artístico não escolhe lugar nem hora para se manifestar. Pode ficar ali, por
muitos anos, represado, contido, mas quando se manifesta vem como uma torrente
de paixão, graças ao talento e à sensibilidade que a permeiam.
Salve tia Tetê! Salve a cultura, a
arte e o talento que movem a humanidade. Milton Nascimento estava certo quando
disse que todo artista tem que ir onde o povo está. E todos nós, pobres
mortais, devemos ir onde os artistas estão, em busca da graça, do prazer e do
contentamento. Principalmente quando a artista está ali, do nosso ladinho, bem
guardada nos nossos corações.
Bela narrativa sobre a vida da nossa querida Tia Tetê, que nos olhou na infância em seu enorme quintal, quase todo ano um bebê para acalentarmos, panelas de mingau, tanque tão imenso que era nossa piscina nas tardes quentes. O seu sorriso constante, a expectativa de comer seu bife passado na caçarola (o melhor), sua casa, sua tolerância era o nosso paraíso. É maravilhoso vê-la agora envolvida nas artes . Parabéns !
ResponderExcluirNào sei quem disse, mas é uma verdade verdadeira: o coração não envelhece. Ainda que tarde, mas sempre a tempo, a sensibilidade produz os seus frutos. É comovente ver uma mãe de quinze filhos, tornar-se agora uma artista! Criadora, sempre! Meu abraço a D. Terezinha!
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