terça-feira, 22 de maio de 2012

Cabeleira-de-velho e os frutos que ela dá no jardim

Faz hoje exatamente um ano que postei uma foto dessa planta maravilhosa, que fica tão resplandecente no Outono brasiliense, no quintal aqui de casa. O nome dela é Neve da Montanha, mas tem seu nome científico e vários outros populares (quem quiser saber um pouco mais é só voltar no tempo, exatamente no dia 22 de maio de 2011, clicando aqui). Não resisti, tirei outra foto do mesmo ângulo e colhi esses versos abaixo que compartilho com os amigos do blog. Hoje foi um dia cinzento, frio, de uma tarde chuvosa... Acho que tudo isso também combina com Djavan, cantando seu Outono.


Folhas e flores
José Carlos Camapum Barroso

Neve da montanha
Que não quer florir
É cabeça de velho
Sem teto a esculpir.
Cabeleira de velho
Troca folha pela flor,
Cabelos por ideias
Na fronte alva a luzir.
Vão-se folhas verdes,
Brotam flores brancas,
Caem amores esquecidos,
Nascem outros rejuvenescidos.
Cabeça branca no Outono a florir
É como a saudade do Verão a partir,
Num Inverno, frio, que teima em resistir...
Euphorbia Leococephala a florir, Deus a sorrir.



4 comentários:

  1. QUE MARAVILHA!!!! A cabeleira de velho ( a cabeça branca do outono:) é mesmo um espetáculo na florada!Aqui pelas "bandas " do Lago Oeste (Distrito Federal) podemos ver muitas delas. E o bom é que ela se expande rapidamente; basta uma mudinha... Muito lindo mesmo!
    abs,
    Melissa

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  2. É isso aí Melissa. A natureza nos surpreende sempre. Manda foto dessa florada aí no Lago Oeste. Vamos divulgar as belezas de Brasília. Grande abraço e obrigado pela sua participação.

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  3. É realmente uma bela planta...obra prima da natureza, com sua exuberância...melhor ainda quando nela se colhem versos, como vc fez...é, meu amigo, apesar dos cambalachos da política e da violência que nos amedronta, ainda resta a natureza, com sua beleza, sua generosidade e encantamento..viva o poeta que nos abre os olhos para a Mãe natureza...Itaney

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    1. Mestre Itaney, a natureza é bela e generosa. O homem, infelizmente, não tem reconhecido isso de maneira suficiente e adequada. A conscientização está melhorando, é verdade, mas ainda há muito a evoluir. Grande abraço, amigo.

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