Samba triste.../ De São Paulo da
neblina/ Da garoa muito fina/ Das luzes amortecidas/ Samba tão triste.../ Samba
das almas vencidas.
Não consigo pensar em São Paulo, mesmo no dia do seu 459º aniversário,
sem passar por alguma canção ou algum verso de Paulo Vanzolini. Esse cientista, que colocou tanta emoção e paixão nas suas letras, soube retratar a Pauliceia como ninguém. Vanzolini olhou São Paulo de noite, andando pelas ruas, madrugada
adentro e afora, com ou sem neblina. Conheceu São Paulo pelos personagens que
trabalham no decorrer do dia e perambulam pela noite.
Já escrevi aqui sobre a grandeza dessa cidade (para ler, clique aqui), seus problemas e seus
encantos. Os desafios são tantos que temos dificuldade em acreditar numa São
Paulo humanizada, com seus problemas ambientais solucionados, transporte
coletivo sobrepondo ao individual, rios e córregos despoluídos e infraestrutura
adequada para escoar tantos desafios.
Não existem soluções mágicas para os problemas da dimensão de uma megalópole
como São Paulo. Mas hoje temos um motivo a mais para sonhar: os paulistanos
estão mais conscientes e exigem dos governantes soluções adequadas para os
problemas que mais os afligem. As pessoas estão viajando pelo mundo e percebem
que outras cidades estão encontrando caminhos para mudar ou, pelo menos,
amenizar a realidade típica das grandes metrópoles.
São Paulo continua rica em atividades culturais, vida noturna, barzinhos
e restaurantes. Sofre atualmente com a escalada da violência, mas seus
moradores são pacíficos, ordeiros e trabalhadores. Sonham com uma cidade mais
humana e justa. Temos certeza de que gradativamente, a cidadania irá prevalecer. É
o que o ZecaBlog deseja aos paulistanos, ao som de Samba Triste, de Paulo
Vanzolini, na voz agradabilíssima de Ana de Holanda.
Salve Sampa, Salve!
Salve Sampa, Salve!
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