terça-feira, 14 de maio de 2013

Ninguém mais aguenta o termo "presidenta" - socorro, Helena!


Gosto muito da presidente Dilma. Não tenho motivos para não enxergá-la como uma pessoa séria. Uma de minhas poucas discordâncias com suas decisões, desde que tomou posse, é a de autodenominar-se presidenta. Acho isso uma atitude pedante e desnecessária. Uma ofensa à língua portuguesa que não encontra respaldo nem no campo político, sempre muito flexível a tergiversações as mais absurdas.
As mulheres brasileiras não precisam dessa muleta para se imporem, nem tampouco para mostrarem suas reais conquistas no cenário nacional e internacional. A própria vitória da presidente Dilma é um testemunho límpido e cristalino dessa ocupação justa de espaço, alcançado com muita luta, regada de muita competência.
Minha outra admiração pela presidente Dilma foi pela escolha de Helena Chagas para comandar todo o universo da sua comunicação. Pessoa competente, séria, com quem tive o prazer de trabalhar nos bons tempos do Jornal de Brasília.
Faço um apelo à própria presidente, pedindo desculpas pela ousadia, e à minha amiga Helena Chagas para que tenham a coragem de voltar atrás, anunciando para todo o Brasil que, a partir de agora, a presidenta será apenas presidente, como manda a gramática.
Ao mesmo tempo em que faço esse apelo, peço licença para publicar, abaixo, essa pequena "historinha", pura ficção (qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência), de um suposto e carinhoso "bilhetinho" (lembram-se de Jânio Quadros?) de Helena para os distintos coleguinhas do comitê de imprensa do Palácio do Planalto, procurando, amigavelmente, desfazer um suposto mal entendido.
Nada disso aconteceu, mas, se não tomarmos as devidas precauções... Vai que acontece.


Caros coleguinhas jornalistas,

A nossa competenta presidenta teria caído doenta nesta semana correnta. Teria tido dor de denta, justo quando estava sorridenta com a evitenta recuperação de nossa economia. Crenta de que algo não estava bem, sua dilenta secretária achou melhor interná-la, como pacienta, mesmo contra a opinião correnta, principalmenta da sua superintendenta, tementa de haver mais uma exploração negativa por parte da mídia melianta.
Preocupada com nossa enta querida, fui visitá-la confianta – como sou normalmenta – de que tudo não passava de uma nada surpreendenta bandeirada daquela anta (nunca gostei da tal secretária!). Mas, caros amigos, felizmenta, não era procedenta a notícia de que nossa querida presidenta caíra doenta. Inicialmenta, preferi ficar silenta, mas, agora, estou colocando tudo no seu devido lugar para que suas mentas, costumeiramenta sujas, não transformem uma garoa em tormenta.
Agradecida, antecipadamenta, pela compreensão dos jornalistas pátrios, que ninguém mais aguenta (brincadeirinha...), e das queridas correspondentas, tão suavementa cordiais.

Helena Chagas, ministra da comunicação que não prenda nem arrebenta!


Palavras Ao Vento
Cássia Eller

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina, paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras

Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras palavras
Palavras palavras
Palavras ao vento

2 comentários:

  1. Show!!!

    Adorei Zeca. Que a nossa presidente que eu também tanto admiro, acolha seu apelo. E que assim como eu, ela dê boas gargalhadas com o "bilhetinho" (útil --diga-se de passagem.

    Forte abraço!

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  2. O texto disse tudo, dispensa acréscimos. Um abraço pra Helena, de quem também gostaria de ser amigo. Sucessos para Dilma, porque é o nosso sucesso também! O Zeca Barroso, uma vez mais, acerta no alvo!

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