Jesus me chicoteia é uma expressão bem interessante. Imagine ser chicoteado por Jesus. É merecimento demais. É de uma grandeza maior do que a do Universo do qual fazemos parte. Logo ele que sofreu chibatadas para nos salvar. Que aguentou o chicote da intolerância humana contra quem apenas pregava o amor, a caridade e a solidariedade entre os homens.
A gente deseja tanto, tanto, alguma coisa neste mundo, que se julga merecedor de umas chicotadas do Filho de Deus. E ainda pede com o clamor celestial: Jesus me chicoteia! Pelo amor de Seu Pai e do Espírito Santo, como bom Filho que sempre fostes!
Tem um provérbio chinês que diz o seguinte: O plantio é opcional, mas a colheita é obrigatória; por isso, cuidado com o que planta. É assim durante toda a vida. Ninguém é obrigado a plantar, mas se plantou, querendo ou não terá de colher – bons ou maus frutos. Em outras palavras, vai colher aquilo que plantou.
São muitos os provérbios belos e profundos, assim como também curiosos e interessantes. Aliás, os provérbios são tão antigos quanto a nossa existência. Na música popular brasileira, Adoniran Barbosa é um símbolo nesse quesito. Criou expressões, frases, pensamentos e até mesmo provérbios, que hoje fazem parte do nosso universo cultural. Um deles diz que a saudade é como rato em queijo parmesão; como rói a danada.
Adoniran era capaz de transformar coisas simples em grandiosas. Teve sensibilidade e criatividade suficientes para fazer histórias e causos corriqueiros virarem letras de músicas que se tornariam eternas. Uma delas é a história da chave para abrir a porta quando a gente chega em casa de madrugada. Só ele pra transformar isso em música. E ainda contar em versos a solução encontrada para não perturbar o sono da mulher amada: amarrar um cordão no trinco e abrir pelo lado de fora. Depois desse achado genial, adquiriu o direito de chegar à meia-noite e cinco, ou então a qualquer hora.
Foi capaz de transformar em samba um simples diálogo entre dois operários da construção civil sobre o que trouxeram para o almoço. Depois de conferido o cardápio, os dois podem almoçar sentados na calçada, conversar sobre isso e aquilo – “de coisas que nós não entende nada”.
Isso é que é viajar na maionese. No começo era o provérbio, no fim tudo acaba em Adoniran Barbosa, um paulista genial, nascido na cidade de Valinhos e filho de imigrantes italianos. Um brasileiro da gema.
Olá Zé Carlos (ou Carlão), desculpe-me pela minha indigna indiferença em não ter lido diariamente seu Blog, não tê-lo compartilhado com meus poucos amigos e que entre um e outro acesso assim mesmo me deliciava com suas incríveis abordagens. Pois me pareciam somente seus e meus. A partir de agora o farei com toda pompa pois não só nossa antiga amizade cobra mas também o dever de cultivar a educação e cultura brasileira. Obrigado amigão por estar nos proporcionando não só qualidade mas também objetividade nas análises com seus artigos. Valeu Zecão!
ResponderExcluirGrande e sempre amigo, Milton. Que nos nossos tempos de criança, tinha o apelido de Fefeu, um atacante do Flamengo, lembra? Grato pela sua presença aqui no blog. A luta pela cultura continua, companheiro. Grande abraço.
Excluir