terça-feira, 25 de março de 2014

Soy latino-americano, sim, com muito orgulho...

 
Sangue latino-americano é o que corre em nossas veias, tão escancaradas por séculos de exploração de nossas riquezas e pela opressão cultural e política sobre os povos de nuestras tierras. Ser latino e americano é herdar o espírito conquistador, desbravador dos homens que nos “descobriram”. Como não existem mais terras a serem “descobertas”, resta-nos o ímpeto de conquistar a liberdade plena, entremeada de justiça social e desprovida de preconceitos.
Resta-nos lutar contra a tirania, a opressão e todas as formas de dominação que ainda subsistem por este mundo afora. E as ferramentas estão na cultura, na música, na dança, no teatro, no cinema, nas artes plásticas e em todas as formas verdadeiramente autênticas de manifestação popular.
Sangue latino-americano é o que jorra do Oiapoque ao Chuí, desde as tierrias del fuego até as fronteiras do México com o Estados Unidos, que separam sonhos de pesadelos, sem que os aventureiros saibam exatamente onde se encontram um e outro.
O dia 24 de março, em que se comemora a União dos Povos da América-Latina, é uma boa data para refletirmos um pouco mais sobre tudo isso que representa a nossa latinidade. Sem medo de ostentá-la e sem deixar que se perca, jamais, pelos caminhos tão íngremes que nos conduzem pela vida afora.
 
 

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