quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Amal Hussain, mais uma criança vítima da indiferença

Campo de refugiados no Iêmen

Irreconhecível humanidade em que uma criança de sete anos morre à míngua, desnutrida, com fome, cercada de potências econômicas e armamentistas por todos os lados. Foi assim que a pequena Amal Hussain deixou sua mãe Mariam Ali aos prantos, e um pai revoltado porque não tinha dinheiro para encher o tanque do carro e leva-la a um hospital. 

Morreu no dia 26 de outubro, no norte do Iêmen, país cercado pelas teocracias rivais do Irã e da Arábia Saudita. O mundo inteiro viu, ouviu e acompanhou toda a tragédia que assola mais de dois milhões de crianças que sofrem de desnutrição no Iêmen.

O nome de Amal em Árabe significa “esperança”. Segue um acróstico em homenagem a essa vítima da desumanidade:


Amada esperança,
Morta na infância,
Antes de ser criança...
Longe da existência.


Hígida nos braços,
Um olhar destroçado...
Silêncio refugiado
Sem bandeira nem paz.
Ávida, a mãe chora:
Inocente de outrora,
Nuvens de agora.

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