Papa Francisco saúda a multidão e, como cardeal, cumprimenta fieis |
Questões como a da simplicidade, caridade e humildade são instigadoras e sempre nos levam a reflexões importantes – até já
escrevi sobre humildade no blog (para ler clique aqui) e também sobre caridade (clique aqui). Mas discutir sobre o tema religião é mais
complexo e, assim como sobre futebol, acaba sempre derrapando para o
terreno das emoções. Prefiro observar que as religiões podem todas ser boas
para as pessoas, desde que se distanciem do fanatismo e se aproximem mais da
simplicidade e da humildade, construindo um plano de trabalho e de apoio para
os cidadãos menos favorecidos.
Nesse contexto, é saudável ouvir a
opção do papa por uma igreja pobre e para os pobres. Não sinto cheiro de
demagogia nessas declarações pelo simples fato de que ele já está eleito e
principalmente por serem elas coerentes com seu passado. Bergoglio diz que
escolheu o nome Francisco ao ouvir do amigo e cardeal brasileiro (franciscano) dom Cláudio
Hummes o apelo: “não se esqueça dos pobres”. Há harmonia e coerência no caminho
de Francisco. Vamos torcer para que ele consiga levar adiante a sua missão de
reformar a igreja e ajudar os mais necessitados.
Existe uma série de elogios ao livro Sobre el Cielo e la Tierra, em que Jorge Bergoglio relata um longo diálogo dele com o rabino Abraham Skorka. Tem pérolas como a de que o catolicismo precisa ser algo despojado, com bispos e padres tendo que sujar os pés de barro. Ou, então, a crítica aos meios de comunicação que simplificam as agendas, tornando-as irrelevantes e até mesmo insolúveis. Segundo o cardeal, esses veículos “desinformam”.
Existe uma série de elogios ao livro Sobre el Cielo e la Tierra, em que Jorge Bergoglio relata um longo diálogo dele com o rabino Abraham Skorka. Tem pérolas como a de que o catolicismo precisa ser algo despojado, com bispos e padres tendo que sujar os pés de barro. Ou, então, a crítica aos meios de comunicação que simplificam as agendas, tornando-as irrelevantes e até mesmo insolúveis. Segundo o cardeal, esses veículos “desinformam”.
O colunista e jornalista Elio Gaspari
refuta o título de conservador para um cardeal que deseja abrir os arquivos do
Vaticano para que se estude o Holocausto. Também não o considera conservador
por ser contra o casamento de homossexuais e o aborto, dois temas que fazem
parte da doutrina da igreja. Bergoglio propõe tolerância zero para os pedófilos
e chama o velho truque de transferi-los para outras paróquias de “estupidez”.
Também, segundo o jornalista, no livro Bergoglio “critica a conduta da igreja,
seu regalismo e a promiscuidade com afortunados que fingem fazer caridade”.
Diante disso, temos duas missões pela
frente. Uma de acompanhar e torcer para que o novo papa siga realmente os
passos de São Francisco, calçando as sandálias simples da humildade ou andando descalço mesmo. A outra é a de ler esse livro ainda em espanhol ou
esperar que ele seja traduzido para o português, o que não deve demorar muito.
Aleluia e que venham novos tempos!
Aleluia e que venham novos tempos!
É preciso mudança! Mas tudo deve ser meticulosamente planejado e estudado. São mais de 2 mil anos. Não se pode esperar que o Papa faça milagres. Dar tempo ao tempo e tudo na sua devida hora, é uma boa decisão. Será ele o pivô de uma nova revolução da nossa Igreja?
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